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Celtas da Idade do Ferro tentaram embalsamar cabeças decapitadas do inimigo

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Uma equipa de arqueólogos encontrou evidências de que os celtas da Idade do Ferro tentaram embalsamar as cabeças decapitadas dos seus inimigos. 

Segundo relata uma nova investigação, publicada esta semana na revista especializada  Journal of Archaeological Science, os especialistas chegaram a esta conclusão ao estudar fragmentos de crânios encontrados na cidade de Le Cailar, no sul da França.

Os especialistas estudaram mais de 100 fragmentos de crânios datados do século III a.C, época em que o local em causa era um assentamento celta. De acordo com a publicação, acredita-se que os restos mortais analisados pertenciam a inimigos mortos em combate, cujas cabeças foram, provavelmente, decapitadas mais tarde.

Muitos dos crânios analisados têm cortes que, segundo adiantam os cientistas, sugerem que as cabeças foram decapitadas. Outras marcas há que apontam que alguns dos cérebros e línguas dos guerreiros inimigos foram também removidos.

Uma análise levada a cabo nos mesmos fragmentos ósseos identificou evidências de colesterol e ácidos gordos, bem como pequenas quantidades de um composto químico que é produzido quando as resinas de coníferas são partidas, fenómeno que ocorre por norma quando se dá um aquecimento. As substâncias reforçam a ideia de que os celtas usaram, ou pelo menos tentaram, técnicas de embalsamento. Crânios de animais escavados na mesma região não mostravam evidências destas resinas.

Os cientistas sustentam que os crânios humanos foram imersos num líquido à base de resina, utilizado como forma de embalsamento. Contudo, os arqueólogos não conseguem precisar por que motivo os celtas da Idade do Ferro tentaram fazê-lo, mas supõem que se tratou de uma forma de demonstrar respeito por importantes guerreiros.

ZAP //

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