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Sporting acerta (outra vez) na ‘lotaria’ e está na final da Taça da Liga

António Cotrim / Lusa

A ‘lotaria’ voltou hoje a sorrir ao Sporting na Taça da Liga em futebol, numa segunda meia-final em que os ‘leões’ pouco fizeram para superar o anfitrião Sporting de Braga e seguir para o jogo do título.

Em mais um embate marcado pela arbitragem, desta vez por um caso único, a anulação polémica, via VAR, de um golo aos ‘arsenalistas’ a abrir a segunda parte, os ‘leões’ impuseram-se pelo terceiro jogo consecutivo nos penáltis numa ‘final four’.

Depois de na época passada se terem imposto ao FC Porto, nas meias-finais, e ao Vitória de Setúbal, na final, os ‘leões’ bateram agora o Sporting de Braga, por 4-3, num desempate em que se falharam sete ‘tiros’ e Renan acabou como ‘herói’, ao parar três, incluindo o último, o 14.º da noite, de Ryller.

Nos 90 minutos, o Sporting de Braga entrou a ganhar, com um tento de Dyego Sousa, logo aos três, mas, depois de Wilson Eduardo perdoar, aos seis, o segundo, perdeu embalagem na primeira parte e, aos 37, Coates empatou, após um canto.

Os ‘leões’ não ‘existiram’, porém, na segunda metade, com exceção a duas jogadas já nos descontos, e o Sporting de Braga foi infeliz, num cabeceamento ao ‘ferro’ de Raul Silva e no golo de João Novais que não contou, por uma “faltinha”.

“Faltinha” foi também o que o árbitro considerou ter havido num lance na grande-área bracarense, aos 87 minutos, em que Coates é visivelmente agarrado pela camisola por um defensor do Sporting de Braga. Após consultar o VAR, o juiz da partida optou por não marcar a grande-penalidade.

Nos penáltis, e apesar de ter falhado três (Bas Dost, Coates e Nani), o Sporting impôs-se e, no sábado, vai disputar uma inédita final com o FC Porto, que na terça-feira se impôs ao Benfica (3-1).

Crónica do jogo

O encontro começou, praticamente, com o tento dos anfitriões, que nasceu, logo aos três minutos, num cabeceamento do ‘matador’ Dyego Sousa, que surgiu solto na ‘cara’ de Renan Ribeiro, após centro da esquerda de João Novais.

A defensiva ‘leonina’ entrou completamente a ‘dormir’ e podia ter pagado muito caro se, pouco depois, aos seis minutos, Wilson Eduardo não tivesse falhado o remate, isolado por mais um passe para as costas da defesa ‘leonina’, agora de Esgaio.

Um tímido remate de Bruno Fernandes, aos 10 minutos, começou a mudar o cariz do jogo, trazendo um Sporting, embora sem um ritmo muito elevado, mais ofensivo e perigoso, com Raphinha (19 minutos), Nani (19) e Gudelj (21) a tentarem a sua sorte.

A primeira grande ocasião para o empate aconteceu aos 33 minutos, com Nani e isolar Raphinha e este a não ter arte para bater Marafona, e o empate surgiu aos 37, por Coates, que se antecipou a Raul Silva, e cabeceou imparável, após canto de Acuña.

Na parte final da primeira parte, e perante um Braga não mais visto no ataque, destaque para um remate para as ‘nuvens’ de Acuña, aos 44 minutos, após jogada entre Bruno Fernandes e Nani.

O intervalo fez bem aos ‘arsenalistas’, que só precisaram de 32 segundos da segunda parte para marcar, por João Novais, de cabeça, após centro de Wilson Eduardo. Mas, alertado pelo VAR, o árbitro foi ver as imagens e ‘descobriu’ uma falta sobre Acuña.

A decisão enervou os jogadores do Sporting de Braga, que acalmaram, porém, com alguns amarelos e assumiram o comando do jogo, mas sem conseguirem criar grande perigo, exceção a dois livres de Sequeira, em jeito de centros que viraram remates.

Numa segunda metade que se foi ‘arrastando’, até porque as substituições nada trouxeram de novo, os bracarenses, sempre por cima, a querer mais, quase marcaram aos 75 minutos, num cabeceamento à barra de Raúl Silva, após canto de João Novais.

O Sporting, desaparecido ofensivamente em toda a segunda parte, reapareceu nos minutos finais da partida, com duas iniciativas pela esquerda, primeiro de Wendel, parada por Marafona, e depois de Jefferson, que Bas Dost não conseguiu desviar.

Aos 87 minutos, após consulta do VAR, o árbitro considerou que o lance em que Coates é puxado pela camisola dentro da grande área não é falta para grande penalidade, e a igualdade manteve-se até ao final da partida.

Tudo acabou decidido nos penáltis: dos primeiros sete, só Bruno Fernandes marcou, mas depois, acertaram-se seis, até Ryller permitir a terceira defesa a Renan, contra duas de Marafona, mais dois ‘ferros’. Passou o Sporting.

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