A polícia britânica admitiu este domingo que pode nunca ter havido um drone na origem do encerramento prolongado das operações portuárias em Gatwick.
À BBC, Jason Tingley, porta-voz da polícia de Sussex, disse que “há sempre a possibilidade de não ter havido qualquer atividade real de drones em primeiro lugar”, havendo apenas relatos de testemunhas.
Esta sexta-feira, foram detidas duas pessoas no âmbito da investigação – um homem de 47 anos e uma mulher de 54 -, que foram entretanto libertados, não sendo considerados suspeitos.
Segundo o Público, um drone danificado encontrado no sábado nas imediações do aeroporto está a ser analisado, mas ainda não há certezas de que o aparelho tenha estado na origem do encerramento do segundo maior aeroporto de Londres.
Foram afetados centenas de milhares de passageiros pela suspensão das operações em Gatwick durante um total de 36 horas ao longo de três dias, desde quarta-feira. Nesse dia, terão sido avistados drones a voar nas proximidades da pista, sendo que as aterragens e descolagens foram suspensas por precaução.
Mais de 1000 voos foram cancelados ou desviados para outros aeroportos e as forças armadas chegaram a ser imobilizadas. A BBC adianta ainda que terá sido utilizada tecnologia anti-míssil israelita para garantir a segurança do tráfego aéreo em Gatwick.
No Reino Unido, o uso de drones perto de aeroportos é punido com pena de prisão até cinco anos.
ZAP // Lusa