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Mar da China aquece. Japão vai lançar submarino não tripulado para vigiar ilhas disputadas

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O Governo japonês planeia desenvolver um grande submarino não tripulado para recolher informações sobre as ilhas remotas do arquipélago, como Senkaku, disputadas também por Pequim, informou a agência de notícias nipónica Kyodo.

A construção do submarino está incluída no “Programa de Defesa de Médio Prazo” do primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, que pretende que o documento seja aprovado em meados de dezembro e que comece a ser aplicado a partir de abril de 2019, de acordo com uma fonte governamental citada pela agência Kyodo.

O principal objetivo de Tóquio é fortalecer a vigilância nas ilhas remotas, como Senkaku, nas quais se registam constantes atritos diplomáticos com a China.

O Japão mantém uma disputa com Pequim sobre a soberania de Senkaku (Diaoyu em chinês), administrada por Tóquio, mas reivindicada por Pequim. A tensão entre os dois países aumentou após a construção de ilhas artificiais e instalações militares por parte de Pequim, no Mar do Sul da China.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações dos países vizinhos. Nos últimos anos, construiu sete recifes em ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares. As novas ilhas ficam próximas de outras ocupadas pelo Vietname, Filipinas e Taiwan.

O Mar do Sul da China, ou Mar da China Meridional, é alvo de disputas há anos entre diversos países da região: China, Taiwan, Malásia, Indonésia, Brunei, Vietname e Filipinas. Estima-se que a enorme área, que inclui mar e ilhas, seja rica em petróleo e gás.

Lindsey Burrows / Civilsdaily

Localização dos territórios em disputa no Mar da China Meridional

Recentemente, a imprensa chinesa revelou também que o país está a construir “submarinos-fantasma” para defender o mar do Sul da China contra uma eventual guerra submarina com os Estados Unidos.

De acordo com os jornais, a China está a preparar um arsenal submarino que será apresentado nos próximos anos. Esta estratégia visa proteger os territórios antes mesmo que “uma crise evolua para uma guerra”, escreveu o jornal do Exército da China.

ZAP // Lusa

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