Os guardas prisionais iniciam esta terça-feira uma greve de três dias, na qual exigem que o Governo cumpra as suas promessas. Sexta-feira juntam-se à paralisação da função pública para protestos.
Os guardas prisionais iniciaram às 0h00 de hoje uma greve de três dias e juntam-se na sexta-feira à paralisação da função pública, reivindicando questões ligadas à carreira e o cumprimento da promessa da tutela sobre revisão do estatuto profissional. Na quinta-feira, vão realizar uma vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro, que decorrerá entre as 11h00 residência e as 14h00.
“Depois destas lutas, caso o Governo se mantenha em silêncio e a tutela [Ministério da Justiça] não retomar as negociações do estatuto profissional da guarda prisional, como se havia comprometido, iremos agendar uma greve e uma vigília em novembro, realizando-se esta durante a noite e frente à residência oficial do Presidente da República”, adverte o SNCGP, em comunicado.
O SNCGP – a estrutura mais representativa dos profissionais da guarda prisional – refere que estas lutas resultam do “incumprimento do compromisso assumido pelo Ministério da Justiça” de proceder à conclusão da revisão do estatuto profissional até final de setembro.
O sindicato avança ainda que as negociações com a tutela pararam e ficaram por discutir alterações sobre matérias de “enorme importância” para os guardas prisionais, nomeadamente a alteração do horário de trabalho, a revisão da tabela remuneratória e a criação de novas categorias mediante equiparação ao pessoal da PSP.
“É lamentável que não nos deixem outra possibilidade tendo em conta o total silêncio relativamente aos vários pedidos de reunião que este sindicato solicitou junto do gabinete da ministra da Justiça”, critica o SNCGP, presidido por Jorge Alves.
O número de guardas prisionais é de cerca de 4.000 distribuídos por 50 estabelecimentos prisionais.
// Lusa