A passagem da tempestade Leslie na Figueira da Foz foi catastrófica, tendo causado prejuízos superiores a 32 milhões de euros, segundo uma estimativa preliminar.
A tempestade Leslie provocou prejuízos superiores a 32 milhões de euros na Figueira da Foz, mais de 20 milhões dos quais em empresas, de acordo com uma estimativa preliminar, elaborada pela câmara e hoje divulgada à Lusa.
A vereadora Ana Carvalho, responsável pelo levantamento “ainda preliminar” dos estragos provocados pela tempestade, disse que os prejuízos em empresas, que rondam os 20 milhões de euros, “não estão fechados”, por não incluírem ainda os danos sofridos pela unidade industrial de pasta de papel do grupo Navigator, uma das maiores da Figueira da Foz, e “três ou quatro unidades” do grupo agroalimentar Lusiaves.
A autarquia, que manteve ao longo desta terça-feira 20 equipas dos serviços de urbanismo, obras municipais e fiscalização a fazer o levantamento por todo o concelho, estima que os danos em habitações particulares ascendam a cinco milhões de euros.
Já os prejuízos provocados pela tempestade Leslie em edifícios e equipamentos municipais – onde se incluem áreas verdes, mobiliário urbano e sinalização viária – devem cifrar-se em 2,8 milhões.
Cerca de 2,5 milhões de euros é o valor de danos contabilizado até ao momento em equipamentos de juntas de freguesia, coletividades, associações e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho e dois milhões em infraestruturas da PSP, GNR e Hospital Distrital da Figueira da Foz.
A estimativa preliminar de 32 milhões de euros de prejuízos contabilizados pelo município também não inclui os danos sofridos nas três escolas secundárias da cidade – uma delas, a Bernardino Machado, continua encerrada – e cujo levantamento é da responsabilidade da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
Por outro lado, o levantamento inclui a grande maioria de prejuízos contabilizados na área de domínio público marítimo tutelada pela Administração do Porto da Figueira da Foz (cifrados, no total, entre cinco e seis milhões de euros), com exceção dos danos sofridos em infraestruturas públicas adstritas à atividade portuária, que somam 570 mil euros aos mais de 32 milhões indicados pela autarquia.
O levantamento preliminar de prejuízos foi enviado esta terça-feira à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, por solicitação desta entidade.
ZAP // Lusa