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Menina lusodescendente com tumor cerebral está a comover os franceses

Augustine tem apenas quatro anos e enfrenta um tumor cerebral muito raro. O caso da criança lusodescendente está a comover a imprensa e os franceses.

Augustine é uma criança lusodescendente que, com apenas quatro anos, enfrenta uma dura luta contra um tumor cerebral muito raro, localizado no tronco do cérebro. A condição já fez com que a menina deixasse de andar, ver e falar.

Desesperados e sem saber o que fazer, a família e os amigos de Augustine criaram a Associação Wonder Augustine que, além de reunir verbas para ajudar a pagar os tratamentos da criança, tem também como missão sensibilizar para a existência de doenças raras.

O nome da associação nasceu graças ao facto de Augustine ser uma fã incondicional da série Wonder Woman (“Mulher Maravilha”). No quarto de hospital da menina, em Lille, França, há dezenas de unicórnios que a fazem sonhar com um futuro mais risonho.

Ao Jornal de Notícias, o primo da menina, Filipe Teixeira, disse que “em Portugal, estamos a leiloar camisolas oferecidas por clubes de futebol, mas o mais importante é dar a conhecer o drama de casos como este e a necessidade urgente de aumentar a investigação médica e a farmacêutica para o tratamento de doenças raras”.

A doença foi descoberta em julho deste ano, quando a criança começou a sofrer muitas quedas. Dois dias antes de fazer quatro anos, no início de agosto, e após a realização de inúmeros exames médicos, Augustine acabou por ser internada com o prognóstico muito reservado. “O estado de saúde dela piora de dia para dia“, sustentou Filipe Teixeira.

Por enquanto, é na página de Facebook que Pauline Desplanque e Tanguy Bourdon, pais da criança, vão partilhando o estado de saúde da menina, publicando relatos sobre os tratamentos e as  notícias que vão recebendo. “Já falam em cuidados paliativos, o que significa que nada mais pode ser feito”, escreveu a mãe.

Esta doença – glioma pontino difuso – muito rara atinge cerca de 600 crianças por ano em todo o mundo. A sua raridade faz com que os dados sobre a doença sejam também eles escassos. Ainda assim, segundo o diário, relatos clínicos adiantam que a esperança média de vida se situa entre os nove e os 12 meses.

No caso de Augustine, “está tudo a ser muito rápido”.

ZAP //

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