O vídeo de um touro a ser morto à facada na arena do Castelo de Monsaraz, durante as Festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos, está a gerar uma onda de indignação nas Redes Sociais e já levou o PAN (Partido Pessoas-Animais-Natureza) a pedir explicações ao Ministério da Cultura que autorizou o evento.
As imagens divulgadas no Facebook pela Plataforma Basta, que defende o fim das touradas, mostram o touro amarrado pela cabeça, a ser golpeado a facadas por, pelo menos, duas pessoas.
A Plataforma refere que o animal foi “golpeado de forma bárbara por elementos indiferenciados da populaça que, a sangue frio, matam o animal com facas na arena do Castelo de Monsaraz, no passado dia 8 de Setembro”.
A morte do touro ocorreu no âmbito das Festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos que se realizam em Monsaraz, no concelho de Reguengos de Monsaraz. Trata-se de uma tradição centenária que foi autorizada pela Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC), num despacho de 27 de Agosto, conforme noticiou o Diário de Notícias (DN).
Desde 2002, vigora um regime de excepção de touros de morte que permite a autorização destes eventos, desde que se comprove que constituem uma tradição.
No caso de Monsaraz, o Tribunal Administrativo de Beja reconheceu a morte de touros como uma tradição em 2014, explicou o presidente da Santa Casa da Misericórdia de Monsaraz, António Cardoso, ao DN. É a Santa Casa que organiza as Festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos.
Antes desta decisão, os touros eram mortos de forma ilegal, cumprindo o ritual que determina que “na sequência da tradicional vacada, é morto o último touro em praça”, frisou António Cardoso ao DN. Trata-se de uma tradição que se realiza “de forma ininterrupta há mais de um Século, como expressão da cultura popular montessarense”, conclui este elemento.
PAN critica Lei e quer fim das touradas na televisão
Para a Plataforma Basta, a tradição é de “extrema crueza e brutalidade”. “Os animais utilizados nas touradas em Portugal são sujeitos a um tratamento bárbaro e indigno de um país civilizado, não só em Monsaraz, mas em várias praças de touros do país”, lamenta este movimento.
Também o PAN (Partido Pessoas-Animais-Natureza) lamenta a morte do touro em Monsaraz, notando que estão em causa “longos minutos de êxtase alarve que o Estado considera cultura”, conforme palavras do deputado André Silva à Visão.
André Silva critica a Lei de excepção para os touros de morte e refere que o PAN já pediu explicações ao Ministério da Cultura, nomeadamente para saber se o IGAC teve conhecimento do evento e se quando ocorreu a morte, estavam presentes um inspector da instituição e um veterinário.
O deputado do PAN também nota na Visão que o seu partido vai propor o fim das transmissões televisivas de touradas e defender o fim da isenção de IVA para os artistas tauromáquicos, no âmbito das negociações do Orçamento de Estado para 2019.
Sacrificar animais é uma cultura do caraças. Decidam-se senhores defensores desta e de outras selvejarias. Se isto é cultura, então não tarda estaremos a sacrificar carneiros, vacas, galinhas, pessoas, em altares que serão construídos para o efeito, à boa maneira das nossas seculares tradições. Finalmente, senhores defensores das nossas tradições seculares, deitem fora os vossos telemóveis, troquem as vossas viaturas por carroças, e saiam das vossas casas e comecem a ir viver para as cavernas nas montanhas, à boa maneira das nossas seculares tradições. Força, sejam coerentes.
Muito bem estou plenamente de acordo!
Matar um touro à facada em publico… que tradição linda!!
Agora era amarrar nesses “animais” e, para não se perder a tradição romana, meter-los junto com leões no Coliseu de Roma!…
Que magnífico comentário! Concordo em todo o seu conteúdo implícito.
A inercia desses resquícios medievais, atrasam o nosso avanço civilizacional.
Pois é, há quem não goste e vocifere, mas pelos vistos não perde uma tourada e/ou festa que envolva touros para recolher imagens. Ou será que lá bem no fundo até gosta, mas quer é dar nas vistas e dizer mal, só porque agora parece que é moda (deve ser por causa do calor… derretem-se-lhes os neurónios).
Cuidado, que segundo uma notícia do ZAP, do dia 17/9 (https://zap.aeiou.pt/plantas-tambem-sentem-dor-218420), as plantas também sentem dor, pelo que toca lá a ir a correr para os mercados a filmar as pobres alfaces e afins em sofrimento e depois “postar” no Facebook da Plataforma Basta.
Vamos todos fazer manifestações à porta das mercearias, mercados e supermercados em defesa dos pobres vegetais.
Senhores do PAN, vamos lá a tomar uma iniciativa legislativa em prol da defesa das plantas!
E já agora, deixem lá em paz quem gosta de touradas, ou até (coisa bizarra…) de comer vegetais e comecem a preocupar-se antes com as centenas, milhares, milhões de pessoas que passam por necessidades inenarráveis, cá e em todos os outros países do mundo.
Ajudar a resolver esse flagelo é que era assunto, mas isso dá tanto trabalho que o melhor mesmo é assobiar para o lado e preocuparmo-nos com as touradas… Sociedade hipócrita esta.
Mas quem é que você julga que convence com esse argumento???
Se arrancar uma folha de um pé de couve, a couve morre? Não.
Se arrancar um braço a uma pessoa e ficar a assistir, ela morre? Morre!!!
Animais têm sentimentos, sua besta.
Nojo.
À pessoa que emitiu o comentário “Viva a tourada… e as plantas” deixe-me por favor comentar uns pequenos detalhes: Está provado de facto, que as plantas crescem de forma diferente quando expostos a estímulos diferentes. Estamos a falar de por exemplo estímulos que envolvam falar com elas, ouvir musica clássica vs música metal, reagir a estímulos de defesa etc. Porém, esses estímulos não determinam que elas tenham sentimentos de dor ou alegria como tentou alegar com essa noticia acima (até porque se ler com atenção, eles falam sempre em “dor”, pois elas não são dotadas de um sistema nervoso central e portanto não têm a capacidade de perceber a dor como nós a percebemos. Elas simplesmente produzem as mesmas moléculas e ativam o mesmo tipo de recetores para emitir sinais de alerta em caso de situações de perigo, MAS não percebem a dor, nem a sentem, como os seres sencientes. E agora você pergunta…o que é a senciência?? A senciência, é a capacidade de perceber sensações e sentimentos de forma consciente…você é senciente, eu sou senciente, o porco, a vaca, o touro, o cão e o passarinho e todos os outros animais que têm um sistema nervoso central, também o SÃO. A alface não é senciente, por isso não se preocupe com os sentimentos dela…ela não tem! A sério…você não me conhece mas pode confiar! 🙂
Além disso, a preocupação e o respeito que alguns de nós demonstram pela vida dos outros animais além dos humanos, não exclui a preocupação que temos pelas pessoas, e pelas questões sociais que também são um flagelo! Sim, nós sabemos. Mas nem por isso, devemos ignorar umas causas, só porque outras ainda não foram resolvidas…as coisas podem (e devem) ir em paralelo. Se assim não fosse, e só conseguíssemos resolver uma questão de cada vez, provavelmente já estaríamos extintos. Você que claramente se preocupa com as pessoas, estenda essa preocupação aos outros animais, e já agora assim na loucura, estenda também ao planeta…Sim, estes tolinhos que se preocupam com os animais e com as pessoas, também se preocupam com o planeta, e não é porque não temos nada melhor para fazer…é só porque já percebemos que o planeta não precisa de nós (pois o planeta sem nós, estaria feliz e contente). Já nós!, repare bem porque isto é chocante…nós…precisamos…do Planeta (e de todas os seres vivos que habitam nele)!! Por fim, perceba uma coisa, ninguém lhe deu o direito (nem a SI nem a nenhum de nós) de decidir que uma vida vale mais que a outra…porque nós estamos aqui apenas de passagem. E SE, enquanto seres (supostamente) superiores alguma característica se nos confere, não é certamente o poder de subjugar, mas sim a responsabilidade de cuidar. Cuide de si, cuide do próximo e cuide da vida na terra, porque o planeta existe neste equilíbrio, com todas as espécies que estão presentes e que têm o mesmo direito a cá estar que nós. Faça a sua parte. Bem haja.
Carla, um bem haja para si também e o meu agradecimento pelo seu comentário que me aquece o coração!
Este planeta precisa de mais pessoas assim, altruístas, que pensam no bem do próximo!
Quanta sabedoria e sensibilidade, Carla, para desperdiçar com o imbecil que, sob a capa cobarde do anonimato, motivou a sua resposta. Mas fez muito bem intervir e deverá fazê-lo sempre que tiver vontade, para alertar quem tenha neurónios e ainda se sinta confuso com estes espectáculos ignóbeis e desumanos, como são as touradas. Não compreendo como é que alguém, no seu perfeito juízo, pode sentir prazer com o sofrimento gratuito de animais indefesos, mesmo que a coberto e uma qualquer tradição secular. Uma cobardia.
Bem haja, Carla, pelo seu excelente depoimento.
Tenham vergonha da barbaridade e sofrimento que infligem aos animais e falta de compaixão. Como é possível alguém divertir-se com o sofrimento de animais ? O mesmo acontece por todo o mundo com os seres humanos . Como dói ver tanto sofrimento ! Será que essas pessoas que espalham tanto sofrimento se sentem felizes? O que pudemos fazer por essas pessoas ?
É incrivel que ainda no seculo 21 possa existir este tipo de pensamento retrogada que consiste na morte do animal simplesmente porque é tradição.
Na antiga Roma tambem era tradição atirar os homens para o fosso com os leões , Gladiadores lutarem até á morte sem ser por escolha própria, etc e este genero de coisa foi banida da sociedade. Porque as pessoas evoluiram. Pelos vistos só evoluem quando é a respeito deles , esquecendo os pobres animais, seu sofrimento, etc.
Para piorar, temos um governo que tanto fala de direitos mas esquecendo e aceitando este genero de tortura a um ser vivo como espectaculo para todos verem. Uma vergonha.
Cambada de hipocritas.
e se alguém for procurar a quanto tempo existe essas tradições, talvez não seja assim tão antigas como se tenta fazer acreditar.. quando da geito a alguns os valores das tradições tem valor, mas quando não lhes diz nada estão se caga… enfim mundo de ipocresia onde vivemos
E digo mais, mundo de “ipocresia” e de “hilitiracia”…
Há normalmente limites para tudo embora nos dias de hoje parece tudo valer mesmo que não seja tradição ela inventa-se de um dia para o outro, neste caso vai muito para além do razoável e àquilo que eles chamam de cultura não é nem mais nem menos do que falta dela.
O mais curioso é que aqueles que são contra as touradas, sejam a favor do aborto.
O mais curioso é o Sr Artur assumir que toda a gente que é contra as touradas seja a favor do aborto. Se calhar não é bem assim. Mas ainda que fosse verdade, deixe-me só comentar um ponto: as touradas são uma expressão bárbara e medíocre do poder de subjugação para demonstrar a podridão de carácter onde o mais forte subjuga o mais fraco para provar algo que ninguém percebe o quê e tenta dissimular a sua mediocridade ao chamar esses atos de tradição. Existe sofrimento envolvido, existe morte, existe dor física e real. O aborto é uma escolha de cada mulher, um direito em relação ao SEU próprio corpo, à sua liberdade de decisão. Diz respeito apenas, só e tão somente, à pessoa envolvida. Existe sofrimento envolvido, mas apenas da pessoa que decide fazer o aborto, porque certamente ninguém faz um aborto e sai ileso da situação. A vida em causa, é um feto que ainda não tem uma personalidade constituída nem noção da sua própria existência. É uma vida de facto, mas que ainda não está concretizada na sua plenitude. A morte bárbara e o retirar a vida a um animal que não pediu para estar naquele lugar, que sabe que não quer estar ali e ainda assim é forçado a sofrer e a perder a sua vida por motivo absolutamente nenhum é que não faz sentido.
bem quem está a favor das toradas deveria estar a favor dos cães e qualquer outro tipo de animais poder matar seres humanos, afinal alem de ser normal, já que é para a sobrevivência deles não é? é diferente do que divertimento.. toca a juntar assinaturas para que os animais que matam crianças ou fazem mal aos adultos não serem abatidos.. afinal o ser humano pode fazer isso
Completamente inadmissível, em pleno SÉCULO 21, uma selvejaria destas na união europeia. Uma morte lenta e agonizante… mas que bárbaros são estes?!? E pior ainda é a ausência de uma justiça à altura deste crime contra a natureza… ULTRAPASSA TODOS OS LIMITES! Estes actos NÃO PODEM FICAR IMPUNES! Qual a atitude dos deputados que são elegidos com os nossos votos??? Costumo votar PS, mas se o meu partido não se pronunciar, VOTO NAQUELE QUE TOMAR UMA ATITUTDE contra esta pouca vergonha! Ouviram? Vão perder 5 votos na minha casa… votos são a única coisa que vos interessa.
Bravo Carla! O seu comentário traduz a valorização da Natureza na sua plenitude e com o qual concordo!
Só o esterco humano faz isto, não consigo imaginar alguém esfaquear um animal até á morte e sentir prazer, estes porcos deviam ser castigados.
É um desperdício ler esse “viva a tourada e as plantas”. Enfim, uma cabeça que não pensa. É triste falar a mesma língua que as pessoas de Monsaraz.
Porque razão provocam tanto sofrimento aos touros? Porque motivo marram com os touros? Isto nunca evoluiu numa sociedade que se diz civilizada mas é irracional por estes e outros comportamentos. A ética devia fazer parte da civilização caso contrário esta deixa de o ser.
Fico contente em saber que as novas geracoes estao bem présentés no que respeita à mudanca que e mais que necessaria ! Basta de querer ignorar uma realidade tao évidente! Os animais sofrem como os humanos ! Parem de desviar o olhar quando um animal pede socorro! Parem de torturar um ser inocente e indefeso! Aprecia-se o valor de um ser humano pela maneira como ele trata os mais fracos que ele! So falam de tradicao quando e para evocar barbaridade? Gostaria imenso de ver as pessoas que gostam de tourada no lugar do animal! Para quem acreditar em reencarnacao nao seria o idéal!