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Sporting vs Qarabag | Raphinha deu fogo ao leão

Manuel de Almeida / Lusa

O Sporting estreou-se no Grupo E da Liga Europa da melhor maneira. A equipa de José Peseiro venceu o Qarabag por 2-0, numa partida em que sentiu algumas dificuldades para rematar e criar perigo, mas a qual dominou e controlou praticamente durante todo o tempo.

Os dois tentos só surgiram na segunda parte, por Raphinha e por Jovane Cabral. O brasileiro esteve mesmo em grande destaque.

O Jogo explicado em Números

  • Muito Sporting nos primeiros dez minutos da partida, numa procura clara por surpreender a formação azeri. Nesta fase os “leões” registavam 60% de posse de bola e um remate, enquadrado, contra praticamente nenhuma acção ofensiva de relevo do Qarabag.
  • A toada manteve-se até aos 20 minutos, sendo que, neste curto período, apenas o Qarabag conseguiu rematar. Aos poucos, os visitantes conseguiram apertar as marcações no seu terço defensivo, pelo que ao Sporting começaram a faltar espaços para atacar, apesar da grande energia emprestada por Raphinha ao jogo.
  • A meia-hora chegou já com três disparos para os “leões”, todos eles, curiosamente, obra de um defesa-central, o francês Mathieu. O defesa era o melhor em campo nesta fase, com um rating de 6.1, essencialmente devido às suas acções junto à área contrária.
  • Mathieu que, aos 40 minutos, fez as vezes de extremo-esquerdo e centrou para uma grande oportunidade de Fredy Montero. O colombiano, com um desvio de calcanhar, só não marcou porque Vágner estava muito atento. O lance acabaria invalidado por fora-de-jogo, mas era o reflexo da partida.
  • Nulo ao descanso a castigar as duas equipas pela incapacidade para criar perigo. O Sporting esteve sempre por cima, terminando o primeiro tempo com 58% de posse de bola e um registo ofensivo superior (5-2 em remates, mas 1-1 enquadrados).
  • Muito pouco futebol, expresso num facto muito peculiar: o melhor em campo era Mathieu, com um GoalPoint Rating de 6.4, sendo que o defesa-central francês foi o autor de três dos cinco disparos da sua equipa.
  • Excelente entrada do Sporting no segundo tempo. Os “leões” chegaram à vantagem aos 54 minutos, pelo irrequieto Raphinha, a encostar com sucesso ao segundo poste, após um brilhante cruzamento rasteiro de Nani do lado direito. Um tento aos sexto remate leonino, apenas o segundo enquadrado. Logo a seguir, Innocent Emeghara quase empatou, valendo Salin a evitar o pior.
  • O Qarabag tentou reagir e, por volta dos 70 minutos, registava três remates na segunda parte, contra dois dos “leões”, e aumentara para 48% a posse de bola. Curiosamente, o Sporting viu cair a sua eficácia de passe, dos 81% da primeira parte para os 73% nesta altura. A equipa de José Peseiro atravessava a sua pior fase.
  • Mas o Sporting teve o condão de saber o que fazer para travar o ritmo elevado do jogo, pelo que, aos poucos, começou a controlar a partida.
  • Os azeris deixaram de aproximar-se com perigo da baliza de Salin e, nos últimos dez minutos, já os “leões” tinham mais remates que os visitantes no segundo tempo. A ideia era a de que a vitória já não fugia à formação lusa. E não fugiu.
  • Aliás, ainda houve tempo para Jovane Cabral ampliar para 2-0, a concluir com facilidade após centro de Raphinha do lado esquerdo.

O Homem do Jogo

Grande jogo de Raphinha. Desde os primeiros momentos que a energia do extremo brasileiro era o catalisador do futebol dos “leões”, apesar do nulo ao intervalo. O ex-Vitória de Guimarães fez o 1-0 e ainda a assistência para o segundo da partida, coroando uma exibição que lhe valeu um GoalPoint Rating de 8.0. E ainda registou dois dribles eficazes em seis tentativas e cinco desarmes. Uma excelente exibição.

Jogadores em foco

  • Mathieu 6.8 – O defesa-central francês viveu uma noite de emoções mistas. Foi o mais rematador da partida, com três disparos, integrou-se muito bem no ataque, acertou oito de dez passes longos, mas saiu lesionado aos 75 minutos. Ainda assim, foi o segundo melhor em Alvalade.
  • Marcos Acuña 6.8 – O argentino jogou a defesa-esquerdo, uma posição que já não lhe é estranha e que desempenha com competência. Desta feita fez dois passes para finalização, teve eficácia em dois dos quatro cruzamentos que tentou e ainda registou cinco desarmes.
  • Bruno Fernandes 6.7 – Menos exuberante, é certo, o médio português esteve, ainda assim, em bom plano, com três passes para finalização, cinco cruzamentos (um eficaz), 87% de eficácia de passe, oito recuperações de posse e quatro desarmes.
  • Jovane Cabral 6.3 – O jovem extremo tem o condão de entrar e abanar com os jogos. Mais uma vez esteve em evidência, apesar de ter jogado apenas cerca de dez minutos. O suficiente, porém, para fazer um golo e dois desarmes.
  • Jakub Rzezniczak 5.5 – O melhor dos azeris foi o defesa-central polaco. Não por ter feito uma exibição particularmente brilhante, mas registou sete alívios, valor máximo da partida.

Resumo

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