Pelo menos 48 pessoas morreram nesta quarta-feira e outras 67 ficaram feridas num ataque suicida contra um centro educativo num bairro xiita de Cabul, anunciaram fontes oficiais.
Um porta-voz do Ministério da Saúde afegão disse à imprensa que pelo menos 48 cadáveres foram transportados para vários hospitais de Cabul.
O responsável sublinhou que este balanço é provisório, porque ainda estão a ser “coordenados” os números comunicados pelos vários serviços.
Segundo a polícia, um bombista-suicida entrou a pé no centro educativo, num bairro xiita da zona oeste da capital afegã, e fez-se explodir junto de um grupo de rapazes e raparigas que estudavam para os exames de acesso à universidade. O ataque não foi reivindicado até ao momento.
A maioria dos atentados no Afeganistão, que visam muitas vezes as comunidades xiitas, são cometidos pelos talibãs e pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Jawad Ghawari, membro do conselho clerical xiita municipal, responsabilizou o Estado Islâmico pelo ataque, afirmando que nos últimos dois anos, só em Cabul, o grupo fez pelo menos 13 ataques contra mesquitas, escolas e centros culturais xiitas.
Gueterres apela ao fim da violência
O chefe das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que um ataque a bomba no Afeganistão, que matou quase 50 pessoas, além da luta pela cidade de Ghazni demonstram a necessidade de um acordo negociado para o fim da violência.
Guterres reagiu ao ataque suicida, que feriu mais de 60 pessoas, através da sua conta no Twitter. Na publicação, o líder da ONU deixou condolências às famílias e amigos das vítimas do atentando.
De acordo com agências de notícias internacionais, a maioria das vítimas eram estudantes adolescentes, que procuravam formação antes de ingressas na faculdade, aponta a ONU.
// Lusa