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Descobertas duas novas espécies de morcegos amarelos em África

Duas novas espécies de morcegos amarelos “cor de limão” foram recentemente descobertas no Quénia, em África.

Os cientistas não estão só interessados nas cores apelativas destes morcegos. Na verdade, estas espécies fornecem também pistas importantes sobre alguns ramos muito emaranhados da árvore genealógica dos morcegos.

Os morcegos da espécie Scotophilus, também conhecidos como morcegos amarelos africanos, vivem perto dos humanos, alinhando-se tipicamente nos beirais e nas vigas das casas das pessoas.

Os cientistas descobriram a primeira espécie Scotophilus há quase 200 anos. Desde então, foram descritas cerca de 21 espécies diferentes em toda a África e Sudeste Asiático, sendo 13 espécies nativas do continente africano – mas o número pode chegar às 15, de acordo com um novo estudo publicado este mês na Frontiers in Evolution and Ecology.

No entanto, estes morcegos não “vestem” totalmente de amarelo. Estes animais, que se alimentam de insetos e podem pesar até 85 gramas, têm barrigas coloridas em diversas cores, que vão desde branco, castanho passando até pelo “laranja-ouro”, disse o curador de mamíferos e co-autor do estudo, Bruce Patterson.

Com as espécie de Scotophilus podem ser extremamente parecidas, torna-se difícil determinar quantas espécies existem e em que região é que foram encontradas, disse o investigador Terrence Demos.

Para complicar ainda mais a identificação, algumas espécies de morcegos conhecidas receberam nomes científicos apesar de não terem sido analisadas completamente. Outras espécies, explicou Patterson, receberam nomes duplicados.

Os cientistas recolheram amostras de ADN a partir da pele dos morcegos do Quénia, utilizando os seus dados para organizar espécies e subespécies – populações que são geneticamente semelhantes, mas geograficamente isoladas.

Através desta análise genética, os cientistas conseguiram – além de desvendar algumas ligações complicadas na árvore genealógica dos morcegos africanos amarelos – encontrar duas espécies desconhecidas até então.

Demos acredita que, se esta espécie tão diversificada mas pouco estudada, fosse analisada geneticamente com uma amostra mais ampla, poderiam ser encontradas novas espécies de morcegos amarelos espalhadas pelo continente.

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