Vitória categórica do FC Porto na visita teoricamente complicada ao terreno do Portimonense. O “dragão” goleou os algarvios por 5-1, num jogo em que deu um recital de aproveitamento ofensivo.
Ao domínio territorial, os “azuis-e-brancos” juntaram uma taxa de concretização verdadeiramente assombrosa: oito remates, seis enquadrados, cinco golos. Não há adversário que resista a estes números.
Os “azuis-e-brancos” cumprem assim o objectivo de chegar ao clássico com o Sporting com, pelo menos, cinco pontos de vantagem de ambos os perseguidores.
O Jogo explicado em Números
- Entrada muito forte do Porto, com 70% de posse de bola nos primeiros minutos e algumas jogadas de perigo. Na resposta, o Portimonense esteve quase a marcar, num lance com três remates e muita confusão.
- Só que a eficácia estava do lado portista. Em cima do décimo minuto, colocou-se em vantagem, por Moussa Marega, a encostar após assistência de Soares. Um golo fácil.
- E aos 16 minutos surgiu o 2-0, por Otávio, que finalizou com um remate forte após cruzamento rasteiro de Marega. O esférico passou por toda a gente, sem que ninguém lhe tocasse, e chegou ao brasileiro, que “fuzilou” Ricardo Ferreira. Um tento que aconteceu ao terceiro remate portista, segundo enquadrado.
- O Portimonense tentou responder, aumentando a posse de bola para 44% por volta da meia-hora, e para cinco os remates (dois enquadrados), mas tirando o lance no início da partida, o perigo andava longe da baliza de Iker Casillas, que ia resolvendo os problemas. Aliás, os portistas continuavam a colocar bolas nas costas da defesa algarvia, chegando às 16 bolas na área nesta fase, com Marega e Soares sempre muito perigosos.
- O espanhol Casillas registava por esta altura quatro defesas, dando segurança à defensiva portista ao mesmo tempo que aumentava um registo pessoal na Liga NOS.
- Mas a noite era de Marega, que fez o 3-0 de primeira, na grande área, após cruzamento rasteiro de Maxi Pereira da direita, aos 44 minutos. Com tranquilidade e eficácia, o Porto arrumava praticamente o jogo, ainda ele ia a meio.
- Quase tudo decidido ao descanso, fruto de uma exibição forte e extremamente eficaz do FC Porto, que aproveitou a quase totalidade das ocasiões que construiu.
- Aos 61% de posse de bola, o Porto juntou três golos em apenas quatro remates, três deles enquadrados, para além de 29 bolas colocadas na grande área do Portimonense. Os algarvios remataram mais (nove vezes, cinco enquadradas), mas não conseguiram importunar verdadeiramente Casillas.
- A grande figura da primeira parte foi Moussa Marega. O maliano registava um GoalPoint Rating de 7.7, fruto de dois golos em dois remates, uma assistência na sequência de um só passe para finalização e dois dribles eficazes em duas tentativas.
- Marega era o homem com menos acções com bola no jogo, apenas 18, e oito passes realizados, sete eficazes.
- O reatamento trouxe mais Portimonense, em termos de domínio territorial, mas mais do mesmo em termos de eficácia ofensiva. O jovem Diogo Dalot, que se estreou a titular pelos portistas, arrancou um cruzamento da esquerda, aos 59 minutos, e Soares surgiu no coração da área a cabecear para o 4-0, no primeiro remate do segundo tempo.
- Aos 65 minutos o Porto podia descansar à sombra do resultado e o seu treinador poupar jogadores para o “clássico” de sexta-feira, com o Sporting. O Portimonense trocava a bola bem, com 60% de posse e 75% de eficácia de passe nos primeiros 20 minutos do segundo tempo, mas não conseguia sequer tentar o remate. E nesta fase ainda não tinha qualquer pontapé de canto.
- Aos 66 minutos, Brahimi fez o 5-0, a concluir um cruzamento de Dalot que ainda desviou num defesa algarvio. Ficava a ideia de que a grande capacidade de Telles criar lances de golo para os colegas é, não só obra da sua qualidade, como também dos processos no flanco esquerdo portista. E na ausência do brasileiro, o português aproveitou bem esse facto.
- Tudo decidido, com o Porto a gerir o encontro até final, ao ritmo que lhe convinha, sempre dando a sensação de estar mais perto do sexto golo que de sofrer um. Mas acabou mesmo por consentir, já em período de descontos, num cabeceamento de Lucas Possignolo.
O Homem do Jogo
Num jogo em que a competência ofensiva esteve em foco, Moussa Marega foi o melhor em campo, precisamente pela eficácia da sua exibição. O maliano registou um impressionante GoalPoint Rating de 8.4, graças a um bis nos dois únicos remates que realizou e a uma assistência em somente dois passes para concretização.
Marega completou ainda os dois dribles que tentou. Sendo o titular que menos passes tentou (13) e um dos que menos acções com bola realizou (31), é caso para dizer que o atacante esteve irrepreensível sempre que foi chamado a intervir na partida.
Jogadores em foco
- Tiquinho Soares 6.8 – A sua importância recente na equipa estava espelhada no rosto de preocupação de Sérgio Conceição quando o brasileiro saiu com queixas físicas. Tiquinho fez mais um golo, em três remates (dois enquadrados), e somou ainda uma assistência, continuando a somar a favor de um registo no qual já se destaca, a nível europeu.
- Lucas Possignolo 6.6 – O melhor do Portimonense foi o central brasileiro. Para além das nove acções defensivas, marcou ainda o golo de honra dos algarvios, em dois remates (ambos enquadrados).
- Iker Casillas 6.6 – Pode estranhar o facto de o espanhol estar em destaque, após uma goleada da sua equipa, mas a verdade é que o Portimonense rematou mais do que o Porto e o guardião esteve seguro, com cinco defesas, duas a remates dentro da sua área.
- Sérgio Oliveira 6.5 – O médio mantém a influência na equipa e voltou a estar em destaque. Terminou como o jogador com mais passes efectuados (71), mais passes certos (64), mais acções com bola (95), mais duelos ganhos (13) e mais desarmes (6, tantos quanto Hackman).
- Yacine Brahimi 6.3 – O argelino marcou um golo, no único remate que realizou, mas destacou-se sobretudo nos dribles (como de costume), com seis eficazes em oito. E ainda ganhou dez duelos individuais.
Resumo
// GoalPoint
a melhor cor ou raça do mundo negra, pra saber……………