A 5 de janeiro, uma denúncia telefónica anónima de 13 minutos alertava a polícia federal para a possibilidade de Nikolas Cruz poder invadir a escola e matar.
Nikolas Cruz assassinou a tiro 17 pessoas na Florida, no dia 14 de fevereiro. No entanto, no dia 5 de janeiro, o FBI recebeu uma chamada que alertava: “Ele vai explodir, sei que vai”.
Segundo o Observador, que cita o The New York Times, a polícia federal foi informada nessa chamada, que durou cerca de 13 minutos, que o atirador da Florida tinha armamento, munições e poderia “invadir a escola e começar a disparar”.
Além disso, a fonte da denúncia anónima garantiu ainda que Cruz sofria de perturbações psicológicas e representava um perigo para os outros, tal como comprova a revelação feita pelo Departamento de Crianças e Famílias (DCF) da Florida que comprova que o autor do tiroteio recebia tratamento psiquiátrico e tomava medicamentos controlados em 2016.
A mãe do jovem, Lynda Cruz, que morreu em 2017, indicou na altura os distúrbios do filho, garantindo que sofria de depressão, hiperatividade e autismo.
Ainda na chamada, foi explicado que a situação de Cruz, de 19 anos, agravara-se aquando da morte da sua mãe, tendo o jovem utilizado o dinheiro do seguro de vida para adquirir mais armas. “Vão às contas de Instagram dele e vão ver as armas todas“, concluía a pessoa que fez a denúncia, mantendo o anonimato.
Esta já é a segunda denúncia que se sabe que o FBI ignorou em relação ao tiroteio no liceu da Florida. Em janeiro deste ano, o FBI foi alertado de que Nikolas Cruz tinha uma arma, que “manifestava desejo de matar” e que era provável que realizasse um tiroteio numa escola. Mas, falhas nos protocolos de investigação impediram que a tragédia fosse evitada.
De acordo com o jornal, sobre a mais recente gravação o FBI ainda não se pronunciou.