O conselho de jurisdição distrital de Lisboa do CDS abriu processos disciplinares a 10 militantes e dirigentes de Sintra, entre eles Lino Ramos, antigo secretário-geral do partido.
De acordo com o Público, o conselho de jurisdição distrital de Lisboa do CDS abriu processos disciplinares a 10 militantes e dirigentes de Sintra. No despacho a que o jornal teve acesso, a principal acusação é não terem feito campanha em Sintra nas últimas autárquicas, nas quais o CDS concorreu na coligação Juntos pelos Sintrenses.
Entre os militantes e dirigentes está o antigo secretário-geral do partido, Lino Ramos, presidente da mesa da concelhia e mandatário financeiro autárquico das eleições de outubro. Entre os dez acusados estão também o ex-líder da concelhia, Silvino Rodrigues e Maurício Rodrigues, na liderança da estrutura.
Tanto Lino Ramos como Silvino Rodrigues fazem parte da Comissão Política Nacional liderada por Assunção Cristas e, por isso, têm de ser notificados formalmente pelo Conselho de Jurisdição Nacional (CJN).
A principal acusação é de não terem feito campanha em Sintra. “Lino Ramos, o único principal dirigente concelhio eleito em Sintra após a crise local de Fevereiro e membro da Comissão Política Nacional, não esteve presente, ostensivamente, numa única ação de campanha autárquica do CDS no concelho”, lê-se no despacho.
Além disso, o mesmo documento aponta o dedo a Lino Ramos por ser o “mandante de ações desenvolvidas” pelo militante centrista Carlos Pinheiro e que foram no sentido de, alegadamente, fazer campanha a favor do PS.
No processo, são também acusados de faltar a reuniões de estrutura local. Os militantes e dirigentes notificados da acusação já negaram a ausência das ações de campanha.
A concelhia de Sintra votou por larga maioria a proposta de o CDS concorrer sozinho às eleições autárquicas, proposta essa que foi contra a vontade de Assunção Cristas, que, mais tarde, foi à estrutura defender a sua proposta para um acordo com Marco Almeida – Juntos pelos Sintrenses, criada a partir do seu movimento independente.
Ao que o jornal apurou, o desagrado interno no partido foi motivado pela obrigação de incluir, nos lugares distribuídos pelo CDS, candidatos que eram do PSD, do PS e um antigo membro do PCP, que pertenciam ao movimento criado por Marco Almeida.
Esta confusão está a gerar mal-estar no funcionamento das assembleias de freguesia já que alguns dos eleitos no lugar do CDS não representam o partido. Por outro lado, a campanha fazia-se com bandeiras vermelhas, o que causou perplexidade entre os centristas e chegou até a gerar confusão com o PCP.
Senhor jornalista, “mau estar” não; “mal-estar”, que é antónimo de “bem-estar”.
cumprimentos.
José-Augusto de Carvalho