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Porto vs Marítimo | Dragão derruba muralha insular

O FC Porto não permitiu veleidades ao Marítimo – nem aos seus rivais, que ganharam os seus jogos desta 15ª jornada, na luta pelo primeiro lugar,  – e venceu em casa por 3-1.

Num jogo que começou complicado, perante o posicionamento muito recuado dos visitantes, os “dragões” acabaram por ter uma segunda parte tranquila e de domínio avassalador (74% de posse), muito por culpa da inferioridade numérica contrária desde o final do primeiro tempo, por expulsão de João Gamboa.

Assim, Moussa Marega, um ex-jogador da formação insular, acabou por decidir a partida, com um bis.

O Jogo explicado em Números

  • Domínio esperado do FC Porto desde o início, mas com dificuldades para penetrar no bloco baixo do Marítimo. Nos primeiros dez minutos, os “dragões” registavam 66% de posse de bola e um remate apenas, por Brahimi, ao lado da baliza de Charles.
  • A pressão portista foi-se intensificando e, aos 19 minutos, após canto da esquerda apontado por Alex Telles, Diego Reyes fez o 1-0, de cabeça, ao quinto remate dos “azuis-e-brancos”, o segundo enquadrado. Nesta altura o Porto já conseguia entrar facilmente na área contrária, tendo quatro dos disparos portistas acontecido nesta zona.
  • No entanto, a resposta insular surgiu aos 26 minutos. Jogada de contra-ataque, com Ricardo Valente a obrigar José Sá a defesa apertada. Na insistência, Fábio China cruzou, a bola acabou por chegar a Fábio Pacheco e este rematou para o 1-1. A bola, no entanto, ainda desviou em Maxi Pereira, traindo.
  • A meia-hora chegou com ambiente mais nervoso. O Porto muito acutilante, sempre na procura do golo, perante um Marítimo tranquilo. Os insulares chegavam a esta fase apenas com 33% de posse mas com dois remates enquadrados em três, contra as seis tentativas do Porto, também duas com boa direcção. A eficácia de remate ditava a igualdade.
  • Aos 39 minutos, João Gamboa viu o segundo cartão amarelo (o primeiro foi mostrado aos 36), pelo que o Marítimo se viu em inferioridade numérica bem cedo no jogo. Um rude golpe para os insulares.
  • Facto devidamente aproveitado por Marega, já nos descontos do primeiro tempo, com Brahimi a lançar o maliano e este a “fuzilar” Charles de pé esquerdo para o 2-1.
  • Jogo muito difícil para o Porto ao intervalo. Perante um Marítimo fechado e sem dar espaços, os “azuis-e-brancos” colocaram-se na frente num lance de bola parada e, a seguir, deixaram-se empatar.
  • E foi já em superioridade numérica que Marega empatou, em cima do descanso.
  • Um resultado que, ainda assim, se ajusta pelo domínio dos homens da casa, que registaram nesta fase 71% de posse de bola e remataram nove vezes, três delas enquadradas (4-2 para o Marítimo). O melhor ao intervalo era o maritimista Fábio Pacheco. O médio marcou um golo no único remate que realizou e atingiu os cinco desarmes, máximo da partida – GoalPoint Rating de 6.4.
  • Muitas dificuldades para o Marítimo travar o FC Porto no arranque do segundo tempo. Nos primeiros 15 minutos, os insulares não passaram dos 24% de posse e de um remate, ao lado. Os “dragões”, por seu turno, fizeram quatro disparos, um enquadrado, e ganharam 62% dos duelos individuais.
  • O domínio portista no segundo tempo era total. Por volta dos 70 minutos, os “azuis-e-brancos” registavam 82% de posse, só na segunda parte, para além de seis remates. Os insulares, por seu turno, com menos um jogador, não tinham problemas em fechar-se na sua área. O problema é que no ataque eram quase inexistentes. Nesta altura, o Porto registava um total de 21 cruzamentos de bola corrida; o Marítimo, um.
  • Adivinhava-se o terceiro golo do Porto, que surgiria aos 78 minutos. Tal como no 2-1, Brahimi lançou Marega em profundidade e este fez o golo, o seu 12º tento na Liga. O jogo estava totalmente controlado pelos portistas, e a vitória já não lhes fugia.

O Homem do Jogo

Num jogo em que se previa uma dura batalha perto – ou dentro – da grande área maritimista, o melhor em campo, e autor de um bis, acaba por não espantar ninguém. A velocidade e presença física de Moussa Marega foram fundamentais na forma como o maliano desgastou a defesa contrária.

Aos dois golos, Marega juntou cinco remates (três deles enquadrados), todos realizados na grande área insular.

O atacante tentou ainda nove vezes o drible, com sucesso em quatro, e fez um passe para finalização. Terminou, assim, com um GoalPoint Rating de 7.8.

Jogadores em foco

  • Yacine Brahimi 6.9 – O argelino fez uma parceria de respeito com Marega, pois os dois golos do maliano surgiram após assistências de Brahimi. O extremo tentou o drible em 11 ocasiões, com sucesso em sete delas, pecando apenas nas perdas de bola (26).
  • Ricardo Pereira 7.2 – O segundo melhor da noite. Sérgio Conceição parece apostado em dar o lugar de extremo-direito ao português, que, com Maxi Pereira nas costas, forma um corredor muito consistente a defender e perigoso a atacar. Ricardo criou uma ocasião flagrante de golo e terminou a partida com cinco desarmes.
  • Alex Telles 7.2 – O brasileiro ficou apenas umas centésimas abaixo do rating de Ricardo Pereira. Telles voltou a mostrar toda a sua qualidade, em especial no momento ofensivo, com uma assistência em sete passes para finalização (máximo da jornada), dez cruzamentos tentados e três eficazes, para além de cinco intercepções (novo máximo da ronda) e 18 vezes a bola colocada na área contrária.
  • Fábio Pacheco 6.3 – O melhor do Marítimo. O médio não só marcou o golo da sua equipa, como terminou com oito desarmes, o máximo desta jornada.
  • Fábio China 2.8 – O lateral-esquerdo do Marítimo teve uma noite para esquecer, que lhe valeu o segundo pior rating da temporada. Tentou apenas 27 vezes o passe e errou 12, cinco deles no próprio meio-campo, somou 20 perdas de bola e falhou quatro tentativas de desarme.

Resumo

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