PSP reabre Faculdade de Direito em Lisboa sob protesto dos estudantes

Miguel A. Lopes / Lusa

A Polícia de Segurança Pública (PSP) reabriu as portas da Faculdade de Direito, em Lisboa, que tinham sido encerradas a cadeado, cerca das 08h30, pelos estudantes em protesto contra o processo de avaliação.

Apesar de os cadeados terem sido retirados, os alunos mantiveram-se em frente às portas, impedindo a entrada, situação que levou a PSP a retirar os estudantes à força, constatou a agência Lusa no local.

Por volta das 09h30, o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, Gonçalo Martins dos Santos, informou a mais de uma centena de alunos, no local, de que a polícia estava a avisar que se tratava de uma manifestação ilegal.

O responsável explicou aos manifestantes que as faixas tinhas de ser retiradas e o protesto terminado.

Os estudantes de direito da Universidade de Lisboa fecharam hoje a cadeado a Faculdade em protesto pelo processo de avaliação, disse à Lusa o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.

“No passado dia 30 de novembro de 2017, em sede de Reunião Geral de Alunos, deliberou-se o encerramento da Faculdade atendendo ao manifesto desrespeito, traduzido em inúmeras situações de incumprimento, do Regulamento de Avaliação e dos Estudantes pela Direção da Faculdade e pela maioria do seu corpo docente”, justifica a Associação.

De acordo com o presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, os estudantes estão “descontentes” e “preocupados com a forma como estão a ser avaliados”.

O diretor da faculdade, Pedro Romano Martinez, por sua vez, disse ter ficado surpreendido com a atitude dos alunos porque “os motivos não justificam os protestos”, salientando ainda que “os contactos com os estudantes têm sido constantes para a resolução do problema em causa”.

“A maior parte das aulas encontra-se a funcionar apesar do número de alunos não ser o mesmo. A atuação da polícia, que desbloqueou a entrada da Faculdade, teve de ser necessária para garantir o funcionamento do ensino público“, disse.

O diretor da faculdade garantiu que, apesar do protesto, está disponível para um novo encontro com os alunos provavelmente ainda hoje para discutir as reivindicações.

Quanto aos motivos do protesto, o responsável afirmou que “provavelmente estarão a ser gerados por serem vésperas de eleições para a associação de estudantes”.

Pelas 12h00, os alunos concentrados à porta da faculdade desmobilizaram por momentos a concentração para irem assistir a uma aula.

ZAP // Lusa

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