O Benfica goleou o Vitória de Setúbal por 6-0, no Estádio da Luz, numa exibição de qualidade, e ficou a três pontos do líder FC Porto, antes do grande “clássico” do Estádio do Dragão, que se irá disputar na próxima sexta-feira.
Jonas esteve em grande e chegou aos 101 golos com a camisola “encarnada”, num jogo que viu Pizzi regressar às boas exibições. O V. Setúbal jogou meia parte reduzido a dez elementos.
O Jogo explicado em Números
- Início perfeito para o Benfica, que chegou ao golo logo aos sete minutos. Na sequência de um livre da esquerda, Jardel amorteceu de cabeça e Luisão, na pequena área, empurrou para o 1-0. Foi ao segundo remate da “águia” que, por volta dos dez minutos, registava 77% de posse de bola.
- Primeiro remate do Vitória de Setúbal somente aos 19 minutos, por Nenê Bonilha, muito por cima. Nesta altura os “encarnados” registavam já quatro disparos, três deles enquadrados, mas a posse já havia caído para 57%, fruto de uma ténue reacção sadina.
- A pressão benfiquista voltou a instalar-se e, pela meia-hora de jogo, os homens da casa registavam novamente um domínio assinalável de 64% de posse de bola, sete remates, cinco enquadrados e com Cristiano a brilhar na baliza sadina – quatro defesas. Mas os setubalenses também tentavam e somavam quatro disparos, embora sem a melhor direcção.
- Interessante eficácia de passe do Vitória, com 78% por volta dos 35 minutos de jogo, e também dois pontapés de canto – tantos quanto o Benfica. E também quatro passes para ocasião, embora menos que as “águias” (7).
- Mas a pressão era benfiquista e, aos 39 minutos, Jonas fez o 2-0, através de um forte cabeceamento na sequência de um canto da direita, apontado por Pizzi. Tudo corria bem à formação de Rui Vitória. Mais ainda quando, em cima do descanso, Nuno Pinto viu segundo amarelo por falta sobre Luisão e foi expulso.
- O descanso chegou com justa vantagem do Benfica. As “águias” marcaram cedo e tiveram sempre o domínio do encontro. Na primeira metade os homens da casa realizaram 12 remates, nove deles enquadrados, para além de registarem 65% de posse de bola e 86% de eficácia de passe.
- A superioridade “encarnada” notava-se também pelos cinco cantos contra dois e pelos 11 cruzamentos de bola corrida, para nenhum dos sadinos. O melhor em campo era Luisão, com um GoalPoint Rating de 7.8, graças ao golo que marcou em dois remates, ambos enquadrados.
- Vida fácil para o Benfica, que fez o 3-0 aos 48 minutos, por Salvio. O argentino acorreu a uma assistência de Pizzi para marcar perante Cristiano. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo o Benfica atingiu os 87% de posse de bola, 90% de eficácia de passe e rematou duas vezes, uma que deu golo.
- O jogo era do Benfica, que chegou ao 4-0 aos 66 minutos, pelo suspeito do costume, Jonas. Após jogada de insistência, a bola chegou ao brasileiro no coração da área, após passe de André Almeida, e o atacante “fuzilou” Cristiano – foi ao 15º remate benfiquista, 11º enquadrado. E logo a seguir foi o próprio André Almeida a ampliar para 5-0, num remate cruzado dentro da área.
- Coincidência ou não (acreditamos que não), a boa exibição do Benfica correspondeu a uma boa prestação de Pizzi. O médio benfiquista, que vinha a cair de forma há várias semanas, voltou a registos antigos e, pelos 70 minutos, registava duas assistências em cinco passes para finalização e um GoalPoint Rating de 7.1.
- Muito bem o Benfica no ataque, com 22 remates quando o encontro atingiu os 80 minutos, 13 deles enquadrados e 16 realizados dentro da grande área sadina, o que demonstra as facilidades benfiquistas – também 21 cruzamentos de bola corrida, contra apenas um dos visitantes.
- Diz-se que “no melhor pano cai a nódoa”, e Cristiano, que estava a ser o melhor do Vitória, com oito defesas, não segurou um remate de Zivkovic, deixando a bola passar por baixo do corpo, num “frango” que deu origem ao 6-0.
O Homem do Jogo
Quando se fala em golos é inevitável falar-se de Jonas e o brasileiro não desiludiu no festim “encarnado” ante os sadinos.
O ponta-de-lança esteve endiabrado e terminou com um GoalPoint Rating de 8.5, fruto de dois golos e de números dignos de craque. Jonas fez cinco remates e enquadrou-os todos, e registou uma assistência em dois passes para finalização.
Um desempenho de grande qualidade a nível ofensivo, com o qual atingiu os 101 golos com a camisola benfiquista.
Jogadores em foco
- Pizzi 7.8 – Belo jogo do médio, que pelo menos nesta partida regressou aos bons registos com a camisola benfiquista. Mais solto e disponível fisicamente, Pizzi integrou-se muito mais nos processos ofensivos e terminou com duas assistências em seis passes para finalização (máximo do jogo), 92% de eficácia de passe e 15 vezes a bola colocada na área contrária.
- Zivkovic 7.5 – Jogou apenas 31 minutos mas deixou a sua marca, com velocidade, intensidade e talento. O sérvio marcou um golo, fez três passes para finalização e criou uma ocasião flagrante, desperdiçada por Seferovic.
- Luisão 7.3 – O veterano foi a voz de comando do Benfica. O capitão abriu o activo, numa primeira parte de grande querer e atitude, e foi o melhor dos primeiros 45 minutos. Rematou duas vezes, ambas enquadradas.
- Krovinovic 6.8 – O futebol do Benfica ganha outra amplitude técnica com o jovem croata, mas também mobilidade, ocupação inteligente dos espaços nos momentos ofensivos e inteligência. O médio fez dois passes para finalização, teve sucesso em duas de três tentativas de drible e errou apenas um de 57 passes (98% de eficácia).
- Cristiano 5.5 – O guarda-redes sofreu seis golos, um deles um “frango” (o 6-0). Mas ainda assim terminou com nota positiva, fundamentalmente porque realizou oito defesas, cinco delas a remates de dentro da área, e evitou que o resultado assumisse proporções históricas.
Resumo
// GoalPoint