Uma equipa de arqueólogos israelita descobriu os vestígios ósseos de uma mulher grávida, com cerca de 3200 anos, nas chamadas Minas do Rei bíblico Salomão, no Vale de Timna, em Israel.
A rara descoberta foi feito no âmbito das escavações do projecto de pesquisa do Vale Central de Timna, em Israel, e é anunciada no site Live Science.
Os arqueólogos detectaram os ossos do feto na pélvis da mulher que teria cerca de 20 anos e que estaria no primeiro trimestre de gravidez.
O esqueleto com cerca de 3200 anos foi encontrado perto de um templo dedicado à deusa egípcia Hathor, num local que já foi conhecido como as Minas do Rei Salomão.
Os antigos egípcios e outros povos da zona de Timna usavam as minas para a extracção de cobre. Alguns arqueólogos alegam que o Rei Salomão controlou as minas, aquando do seu reinado, mas muitos académicos contestam essa tese.
A mulher grávida, cuja causa de morte é desconhecida, estava enterrada num túmulo coberto de pedras e os arqueólogos acreditam que era egípcia, uma vez que eram os egípcios quem controlava as minas na altura da sua morte.
O arqueólogo israelita Erez Ben-Yosef, director do projecto de pesquisa do Vale Central de Timna, refere ao Live Science que a mulher pode ter sido uma cantora do templo de Hathor, a deusa egípcia do amor, do prazer e da maternidade e considerada a protectora das minas.
Assim, a mulher grávida pode ter acompanhado uma das expedições mineiras a Timna, acabando por morrer devido a causas indefinidas.
“Ela foi enterrada com missangas de design semelhante às encontradas no templo de Hathor”, destaca Ben-Yosef no Live Science.
No Vale de Timna já foram encontrados diversos achados arqueológicos, incluindo restos preservados de comida de um acampamento mineiro, datados do Século X antes de Cristo, indicando que teriam uma base alimentar à base de ovelha e cabra, de pistácios, uvas e peixe.
Em 2013, foi ainda anunciada a descoberta de objectos do tempo do Rei Salomão.