Polícia ainda reforça segurança na Rocinha depois de tiroteio na favela

Fernando Frazão / ABr

Agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha

Agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha

A vigilância continua reforçada na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, depois do tiroteio deste domingo que deixou ferido o coordenador-geral das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o coronel Frederico Caldas. Polícias dos batalhões de Operações Especiais (BOPE) e de Choque têm reforçado o patrulhamento da área, juntamente com soldados de outras UPPs.

O tiroteio da madrugada, que ocorreu por volta das 3h30. De acordo com a PM, nos disparos feitos por bandidos entre as ruas 1 e 2 da comunidade, dois homens foram feridos e socorridos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da comunidade.

O coordenador das UPPs, Frederico Caldas, estava na comunidade ao lado da comandante da UPP da Rocinha, a major Priscilla Azevedo, quando começou uma troca de tiros. De acordo com a Polícia Militar, o coronel Frederico Caldas caiu quando tentava abrigar-se, à chegada à zona da Macega, mas não foi atingido por tiros ou estilhaços de balas. O militar foi submetido a uma cirurgia ontem no Hospital Central da Polícia Militar para retirar fragmentos de plástico, pedra e terra do seu olho direito, e neste momento está em observação e passa bem.

A PM descreve que os criminosos também atearam fogo a alguns objetos na entrada do Túnel Zuzu Angel, que teve o tráfego interrompido. A via só foi reaberta por volta das 7h. Os atiradores também atingiram transformadores, deixando parte da Rocinha sem energia durante parte da tarde. A polícia informou ainda que um homem foi preso na posse de uma pistola, tendo sido levado para a Delegacia de Polícia.

Rocinha “pacificada”

Depois do tiroteio, agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) foram para o local e fizeram incursões na comunidade. O aparato conta ainda com agentes de diversas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Ao todo, segundo a PM, aproximadamente 150 homens reforçam o policiamento, que vai continuar por tempo indeterminado.

A Rocinha está ocupada por uma UPP desde setembro de 2012. Apesar disso, a quadrilha que controla a venda de drogas na comunidade continua a exercer controlo armado sobre alguns pontos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, a situação esteve tranquila na noite e na madrugada desta segunda-feira na favela. Numa ação esta manhã, polícias civis apreenderam 15 quilos de crack num carro que estava estacionado na parte baixa da favela.

ZAP / ABr

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