A secretária-geral adjunta do PS afirmou, esta segunda-feira, que os socialistas alcançaram no domingo o maior resultado de sempre de um partido em eleições autárquicas, conquistando 159 presidências de câmaras e participando em 165 listas vencedoras.
Ana Catarina Mendes, “número dois” da direção socialista, apresentou estes dados numa conferência de imprensa em Lisboa em que salientou que o PS atingiu “todos os seus objetivos” nas eleições autárquicas.
A secretária-geral adjunta do PS disse que os socialistas conquistaram 159 presidências das 308 câmaras em disputa e mais duas em coligações (Funchal e Felgueiras). Apoiaram ainda quatro listas independentes (Anadia, Aguiar da Beira, São João da Pesqueira e Calheta), o que significa que os socialistas estiveram envolvidos em 165 listas vencedoras.
“O PS teve mais votos, mais câmaras, mais freguesias, ganhou as lideranças das associações nacionais dos Municípios Portugueses (ANMP) e de Freguesias (Anafre), foi o mais votado em 16 dos 18 distritos do continente e na Região Autónoma dos Açores. O PS foi ainda o mais votado nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”, especificou.
Neste contexto, Ana Catarina Mendes concluiu que o Partido Socialista registou no domingo “uma vitória histórica que ninguém pode contestar”.
“É o melhor resultado de sempre do PS em eleições autárquicas, mas, saliente-se, é também o melhor resultado de sempre na história do Poder Local democrático de qualquer partido”, disse.
Perante os jornalistas, a “número dois” da direção do PS referiu que os socialistas venceram em vários municípios que, até agora, “não tinham mudado de cor de partidária” e congratulou-se com a ligeira redução da abstenção verificada nas eleições de domingo.
Tal como tinha feito o secretário-geral do PS na véspera, também Ana Catarina Mendes identificou o PSD como o partido que sofreu “uma derrota estrondosa”.
“Estrondosa porque a receita da direita voltou a ser derrotada”, afirmou.
A seguir, no entanto, Ana Catarina Mendes deixou uma advertência: “Importa não confundir vitórias locais, que são mérito dos nossos candidatos e desgaste da gestão local, com as análises nacionais, por muito tentadoras que estas sejam”, referiu.
Em termos de ilações nacionais, a secretária-geral adjunta do PS advogou que “só há uma leitura: A vitória do PS dá força à mudança que iniciámos há dois anos no quadro parlamentar” com o BE, PCP e “Os Verdes”.
// Lusa