No único debate televisivo entra a chanceler alemã e o ex-presidente do Parlamento Europeu, a maioria dos alemães inquiridos considera que Merkel ganhou pontos contra Schulz e foi mais convincente.
Os levantamentos realizados pelas duas emissoras públicas da televisão da Alemanha – ARD e ZDF – depois do único debate frente a frente entre a chanceler Angela Merkel e o seu rival social-democrata, Martin Schulz, para as eleições de 24 de setembro, apontaram a líder conservadora como vencedora.
Segundo a pesquisa divulgada no fim do debate televisivo pela ARD, 55% dos entrevistados acharam Merkel mais convincente, contra 35% dos que preferiram Schulz.
A maioria dos entrevistados considerou que o candidato social-democrata teve um desempenho melhor do que era esperado mas, mesmo assim, Merkel venceu em critérios como credibilidade, simpatia, argumentos e competência. Schulz, por sua vez, só superou a chefe do atual Governo em aspetos como a proximidade com os cidadãos e a agressividade.
O levantamento da ZDF também deu Merkel como vencedora do debate, mas com uma diferença menor, com 32% contra 29% de Schulz, enquanto 39% dos entrevistados não viram diferenças entre ambos. Para 77% dos entrevistados, Merkel teve um desempenho “como era esperado”, enquanto 51% consideraram que o social-democrata esteve melhor do que o previsto.
Segundo o Expresso, o ex-presidente do Parlamento Europeu criticou a forma como Merkel deu resposta à entrada de refugiados no país. A chanceler garantiu que foi a melhor solução possível na altura: “Tivemos uma situação muito dramática e há momentos na vida de uma chanceler que exigem que se tome logo uma decisão”, declarou.
A entrada da Turquia na União Europeia foi outro dos temas discutidos, com Schulz a afirmar que, caso seja eleito, vai “parar imediatamente as negociações da adesão da Turquia à UE”, cita o semanário.
A escalada da tensão entre os EUA e a Coreia do Norte também marcou o debate, com Merkel a dizer que não se pode resolver o conflito sem os norte-americanos, mas que a única via passa por “uma solução diplomática pacífica”.
As últimas pesquisas pré-eleitorais situam o bloco conservador da chanceler, integrado no partido União Democrata-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU), 14 pontos à frente do Partido Social Democrata (SPD), faltando apenas três semanas para as eleições.
ZAP // EFE