A missão da NASA Mars 2020, que vai procurar vida passada no planeta Marte, vai utilizar métodos inteligentes originalmente desenvolvidos para encontrar vida passada na Terra, de acordo com Kenneth Williford, cientista adjunto do projeto.
A missão 2020 vai utilizar os mesmos métodos que se utilizam na Terra para encontrar os restos da vida mais antiga do planeta. Os novos métodos científicos utilizados para procurar as provas mais antigas de vida na Terra são um grande passo em frente quanto à deteção de bioformas – as provas mais antigas de vida -, explica Williford à Science Daily.
“Um dos instrumentos principais da Mars 2020 é o uso de raios x com fluorescência e espectroscopia para definir a composição elementar, mineral e orgânica das rochas”, explicou.
Além disso, a missão de Marte 2020 vai usar o conhecimento adquirido da pesquisa científica para selecionar e recolher amostras chave que poderiam ser examinadas em laboratórios terrestres. Trinta a quarenta amostras de núcleo de rocha e sedimento, cada uma com cerca de 15 gramas, serão seladas hermeticamente em tubos de titânio e depositadas num local seguro na superfície de Marte para possível recuperação por uma missão futura.
Williford assegurou que estas novas técnicas permitirão explorar o Planeta Vermelho a todas as escalas, desde a telescópica até à microscópica: “Desde os montes até aos grãos de areia”.
Espera-se que a missão de 2020 recolha fragmentos da superfície do planeta cuja análise na Terra contribua para o objetivo da missão.
“Mars 2020 representa o primeiro passo decisivo para analisar fragmentos do Planeta Vermelho na Terra. O nosso objetivo é recolher com a estação uma série amostras diferentes com o máximo de potencial para mostrar as etapas de evolução de Marte – inclusive a presença de vida que possa ter havido lá“, sublinhou.