Faraó egípcio é o mais antigo “gigante” humano conhecido

(CC0/PD) KPL / pixabay

Sa-Nakht teria quase 2 metros de altura numa época em que a média rondava os 1.70 m

Uma equipa de investigadores acredita ter encontrado restos mortais, que pertencerão ao Faraó egípcio Sa-Nakht, que revelam o mais antigo “gigante” conhecido, depois de terem identificado sinais de que sofria de uma anomalia de crescimento.

O esqueleto, encontrado em 1901 e que se acredita pertencer a Sa-Nakht, antigo Faraó egípcio que reinou na Terceira Dinastia, cerca de 2700 a.C., foi reanalisado por uma equipa de investigadores liderada pelo egiptólogo Michael Habicht, do Instituto de Medicina Evolucionaria da Universidade de Zurique, na Suíça.

A pesquisa permitiu concluir que Sa-Nakht teria quase 2 metros de altura – mais precisamente, 1.987 metros – numa época em que a média rondava os 1.70 metros.

A análise ao crânio e ossos do Faraó revelou provas de “um crescimento exuberante” e “sinais claros de gigantismo”, explica Habicht, citado pelo Live Science.

(dp)

Sa-Nakht, Faraó da Terceira Dinastia do Egipto, é o caso mais antigo de gigantismo.

As pessoas das classes altas da época teriam melhor alimentação do que a maior parte do povo, pelo que seria de esperar que fossem mais altas, mas, mesmo assim, a altura do Faraó é muito acima da norma. Por comparação, o Faraó Ramsés II teria 1,75 metros.

Assim, estaremos perante “o mais velho caso conhecido” de gigantismo em todo o mundo, concluem os investigadores, cujo trabalho foi apresentado em artigo publicado no jornal The Lancet Diabetes & Endocrinology.

O gigantismo caracteriza-se pelo crescimento excessivo e acelerado, ocorrendo quando o corpo humano produz demasiadas hormonas de crescimento. Acredita-se que seja provocado por um tumor na glândula pituitária que se encontra no cérebro, conforme atesta o Live Science.

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