Da mesquita al Nouri de Mossul, no Iraque, restam agora apenas ruínas. As forças iraquianas confirmaram que o Estado Islâmico fez explodir a mesquita medieval, esta quarta-feira.
Foi nessa mesma mesquita que agora aparece destruída, que Abou Bakr al-Baghdadi proclamou, em 2014, o califado. A destruição da mesquita aconteceu na quarta-feira à noite, o quarto dia da ofensiva do exército iraquiano, apoiado pela coligação internacional para desalojar os combatentes Daesh dos últimos quilómetros do centro histórico.
Os últimos mas não os mais fáceis. Os jihadistas estão entrincheirados em ruelas estreitas e terão espalhado minas por todo o lado. Nesta zona da cidade estão ainda encurralados cem mil civis.
“As nossas forças estavam a avançar em direção aos seus alvos, na zona histórica de Mosul, e quando estavam a 50 metros da mesquita, o Estado Islâmico cometeu outro crime histórico ao fazer explodir as mesquitas de Nuri e de Hadba”, referiu o comandante da ofensiva de Mosul, o general Abdulamir Yarallah, em comunicado.
Numa visita a um dos mercados numa área já libertada da cidade, o general Rupert Jones, comandante adjunto da coligação internacional, disse que o fim do Estado Islâmico está próximo.
“O Estado Islâmico é um inimigo sem humanidade, é um inimigo que não respeita ninguém, contenta-se em assassinar civis em grande número. Eles estão desesperados e estão a recorrer a medidas desesperadas. Sabem que o fim está próximo“, afirmou o comandante.
A reconquista de Mossul é um símbolo importante do fim do lado iraquiano do califado, ainda que os combates continuem a sul e a ocidente da cidade.
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