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Estudante de 18 anos criou um soutien que detecta o cancro da mama

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Inspirado na luta da sua mãe contra um cancro da mama, um estudante de 18 anos inventou um soutien capaz de identificar sinais precoces da doença.

A tecnologia, baptizada de EVA Bra, foi desenvolvida pelo mexicano Julian Rios Cantu, de 18 anos, juntamente com mais três parceiros, e utiliza bio-sensores capazes de medirem a temperatura, o peso e a forma dos seios, alertando a utilizadora do soutien sobre possíveis mudanças.

Desenvolvido especialmente para mulheres com predisposição genética para o cancro da mama, o soutien está equipado com 200 bio-sensores que monitorizam a anatomia dos seios.

O equipamento envia os dados obtidos para uma aplicação, Eva Health, que informa e alerta as utilizadoras sobre possíveis alterações relacionadas com os sintomas do cancro.

O interessante é que só é preciso utilizar o soutien por 60 a 90 minutos por semana para obter resultados.

Soutien que detecta sinais de cancro da mama.

Julian Rios Cantu e os seus três parceiros são donos da empresa Higia Technologies que conquistou, em Abril passado, o prémio Global Student Entrepreneur Awards (GSEA), na Alemanha, por esta invenção inovadora.

O soutien ainda está em fase de protótipo, mas, segundo os seus criadores, o prémio de 20 mil dólares vai ajudar a dar continuidade ao desenvolvimento do produto.

“Estamos empenhados em trazer maior qualidade de vida às mulheres através da obtenção de uma profissionalização do método de ‘auto-exploração’, na detecção precoce e eficaz do cancro da mama”, declaram os jovens inventores.

Julian Rios Cantu teve a ideia para esta invenção depois de quase ter perdido a mãe por causa do cancro da mama, quando tinha 13 anos de idade.

Quando a mãe do empreendedor mexicano descobriu os primeiros sinais, disseram-lhe que eram tumores benignos. Contudo, com o tempo descobriu-se que, na verdade, se tratava de um tumor maligno que obrigou à remoção dos dois seios.

O caso inspirou Julian a encontrar um dispositivo que pudesse detectar mais cedo a doença. A invenção tem potencial para salvar milhões de vidas, além de ser esteticamente apelativa.

O cancro da mama é o segundo tipo de cancro que mais mata em todo o mundo, depois do cancro da pele. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ocorrem 458 mil mortes por cancro da mama todos os anos.

Os tumores cancerígenos podem deixar a pele com uma temperatura diferente devido ao aumento do fluxo sanguíneo, sendo essa a principal premissa do soutien criado por Julian Rios Cantu, na detecção de possíveis sinais da doença.

No entanto, o aumento do fluxo sanguíneo não significa necessariamente que a portadora esteja a desenvolver cancro. “Ainda não há provas que mostrem se este soutien é uma maneira confiável de detectar tumores, é preciso que esta tecnologia seja plenamente testada”, alerta na BBC Anna Perman, do Instituto de Pesquisa de Cancro do Reino Unido.

A investigadora recomenda que o ideal é que as mulheres conheçam o seu próprio corpo e percebam “o que é normal” e o que pode ser “incomum”, procurando, neste caso, ajuda médica.

Apesar desta abordagem cautelosa da comunidade científica, a expectativa de Julian Rios Cantu e dos seus parceiros de negócio é que o soutien inovador comece a ser vendido já em 2018.

ZAP // Move

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