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A NASA está a ficar sem fatos espaciais

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NASA / Wikipedia

O astronauta Bruce McCandless, da missão STS-41-B da ISS, numa EVA, "Extravehicular Activity"

O astronauta Bruce McCandless, da missão STS-41-B da ISS, numa EVA, “Extravehicular Activity”

Podemos pensar que passear pelo espaço é uma coisa simples, mas não só não o é como a NASA está a ter problemas em manter os seus fatos espaciais operacionais, receando que os mesmos nem sequer se aguentem até ao final previsto da missão da ISS em 2024.

Há mais de uma década que a NASA esta a desenvolver uma nova geração de fatos espaciais, tendo já gasto mais de 200 milhões de dólares, mas sem que exista ainda uma data prevista para que esses novos fatos fiquem concluídos.

Enquanto isso, os actuais fatos – os mesmos que foram concebidos há 40 anos – vão envelhecendo e causando alguns incidentes bastante complicados.

Em 2013, durante um passeio no exterior da ISS, um astronauta quase se afogou depois de o seu capacete se ter enchido com água devido a uma ruptura no sistema de arrefecimento, o que reduziu para 11 o número de unidades funcionais de mochilas com os sistemas de suporte de vida indispensáveis.

Já em 2015, o astronauta Terry Virtis detetou água no interior do seu capacete após uma missão no Espaço, fazendo aumentar as preocupações da NASA sobre os fatos espaciais. “Parecia uma espécie de lago na parte da frente do capacete”, contou Virtis.

Os fatos podem parecer “simples”, mas há que ter em conta que na prática quase podem ser considerados mini naves espaciais com um formato que permite acomodar uma pessoa no interior, contendo múltiplos sistemas que protegem o astronauta do frio e calor extremo, e que também contam com várias camadas de protecção para tentar reduzir o risco de perfuração por micro-meteoritos.

Estes fatos tinham sido originalmente concebidos para se manterem em funcionamento durante um máximo de 15 anos, mas já se aproximam do triplo disso. E as coisas podem complicar-se ainda mais se a missão da ISS for expandida para lá de 2024…

Segundo um relatório da NASA, citado pela AP, a agência espacial norte-americana pode ficar sem capacidade de realizar operações no exterior, a não ser que consiga arranjar forma de prolongar a utilização dos fatos actuais mantendo a segurança dos astronautas, ou concluir os fatos de nova geração – que levou a concurso em 2014.

Recorde abaixo o futuro modelo de fato espacial da NASA, o Z-2 Tecnologia, que os utilizadores escolheram como o Fato Espacial para Marte.

Mas nem só a NASA está na corrida ao Fato de Astronauta.

Segundo a Boeing, para que as viagens ao espaço se tornem mais comuns será necessário simplificar os complexos fatos espaciais, e foi precisamente isso que a empresa fez: criou um novo fato espacial para equipar os futuros passageiros da sua cápsula Starliner.

O resultado é um fato que pesa apenas 5kg, menos de metade que o fato de voo equivalente da NASA, e que se torna bastante mais cómodo e prático de utilizar. E nem sequer faltam ao fato espacial da Boeing luvas com dedos compatíveis com touchscreens.

Segundo tudo indica, não será por falta de fato à altura da ocasião que o próximo homem no espaço deixará de dar o seu gigantesco passo para a Humanidade.

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2 Comments

  1. hum, portanto são fatos únicos, ninguém sabe como se faz. Ou seja fizeram um numero inicialmente de fatos e usam até gastar!! Epa, mesmo que queiram fazer outros melhores, enquanto isso não acontece então porque fazem exactamente iguais aos que existem? Não sabem a formula? só ha 11, amanha só 10, depois 9… Enfim tristeza

    É que se os fatos são feitos para 15 anos e já passou a validade e ainda usam.. Eram uns grandes cientistas à 60anos atras.

    Falta dinheiro? lol

  2. Foi como a ida á Lua, antigamente conseguia-se ir, agora nao temos tecnologia ou engenho humano para repetir o feito…lol

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