Uma nova espécie de camarão marinho foi batizada em homenagem à mítica banda britânica Pink Floyd graças a um pacto entre os cientistas que o descobriram – que são claramente fãs de rock.
Segundo a BBC, o grupo de cientistas já estava à procura de uma maneira de homenagear o “rock n’ roll”. Quando encontraram uma espécie de camarão cor-de-rosa (“pink” em inglês), não desperdiçaram a oportunidade.
O Synalpheus pinkfloydi usa a sua garra gigante para criar um som tão alto que é capaz de matar peixes pequenos. A espécie foi divulgada no Zootaxa por cientistas da Universidade Oxford, no Reino Unido, da Universidade Federal de Goiás, no Brasil, e da Universidade Seattle, nos EUA.
Sammy De Grave, chefe de investigação do Museu de História Natural de Oxford, disse que é fã da banda britânica de rock “Pink Floyd”, desde a adolescência.
“Ouço esta banda desde que o álbum The Wall foi lançado em 1979, quando eu tinha 14 anos. Descobrir esta nova espécie de camarão-pistola foi a oportunidade perfeita para finalmente homenagear a minha banda favorita”, destacou.
De Grave já batizou outros crustáceos com referências a lendas do rock. O nome de uma outra espécie de camarão, a Elephantis jaggerai, foi inspirada no vocalista da banda Rolling Stones, Mick Jagger.
Ao fechar a sua garra rapidamente, o camarão-pistola, ou camarão-de-estalo, é capaz de produzir não apenas um som de estalo, mas também uma agressiva onda de choque que atinge e imobiliza a sua presa.
Esta nova espécie é encontrada na costa do Pacífico do Panamá e produz um som de 210 decibéis, um dos mais altos de todo o oceano, que supera o barulho de um tiro.
Mas esta não a primeira vez que cientistas homenageiam famosos ao descobrir uma nova espécie de animal. Em dezembro de 2016, uma aranha com um formato parecido ao Chapéu Seletor que aparece nos filmes da saga Harry Potter foi batizada de “Eriovixia gryffindori” em homenagem ao personagem Godric Gryffindor, co-fundador de Hogwarts.
Um fóssil marinho de 505 milhões de anos e com pinças em forma de tesoura foi batizado de “Kooteninchela deppi” em homenagem ao actor Johnny Depp, que interpretou o Eduardo Mãos de Tesoura no filme dirigido por Tim Burton.
ZAP // BBC
Só uma correcção a um erro comum nas unidades com nomes de pessoas que nunca se escreve nem pronuncia no plural, neste caso diz-se 210 decibel, apesar do “deci” antes do nome de Bel em vez de “decibeis”.
Erro comum é esse mesmo, exigir que o nome das unidades se escreve sempre no singular.
O erro é misturar regras de composição de grandezas, unidades e símbolos de unidades.
Regras confundidas:
– o símbolo das unidades nunca é no plural.
– o símbolo das unidades em que o nome foi em homenagem a um cientista, começam em maiúscula
– as unidades quando escritas por extenso, seguem a grafia portuguesa e quando o valor é superior a 2 inclusivé são escritas em plural, segundo o BIPM, Bureau International de Poids et Mesures, o qual Portugal faz parte.