O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou esta quarta-feira duas ordens executivas para aumentar a segurança nas fronteiras e reprimir os imigrantes que vivem ilegalmente no país, uma das quais determina a construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
As duas ordens executivas foram assinadas durante uma cerimónia no Departamento de Segurança Interna, depois de o general na reserva John Kelly ter sido confirmado sexta-feira pelo Senado como secretário da Segurança.
Donald Trump assegurou que a construção de um muro na fronteira com o México, uma das suas promessas eleitorais mais polémicas, vai começar “em meses” e que o planeamento do projeto será feito “de imediato”.
“Assim que possamos, assim que possamos fazê-lo”, afirmou Trump numa entrevista à estação ABC, quando questionado sobre a construção do muro ao longo da fronteira com o México, que tem uma extensão total de cerca de 3.000 quilómetros, uma das suas propostas mais polémicas durante a campanha eleitoral para as presidenciais de novembro do ano passado.
“Diria que em meses, sim. Diria que em meses, o planeamento vai começar certamente de imediato”, reforçou o chefe de Estado americano.
Outra ordem executiva retira fundos federais às chamadas “cidades santuário”, que não prendem ou detêm os imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, ou seja, protegem a deportação de indocumentados.
Chicago, Nova Iorque e Los Angeles são algumas destas “cidades santuário”.
Refugiados banidos
Ontem foi também divulgado pelos media norte-americanos um projeto de ordem executiva que prevê que os refugiados da Síria sejam banidos por tempo indefinido. O amplo programa norte-americano de admissão de refugiados deverá ser suspenso por 120 dias e todos os pedidos de visto oriundos de países considerados uma ameaça terrorista – Iraque, Síria, Sudão, Líbia, Somália e Iémen – vão ser suspensos por 30 dias.
Segundo o projeto de decreto divulgado pelos media, o Presidente norte-americano planeia cortar pela metade o número de refugiados que entram nos Estados Unidos durante o ano fiscal de 2017, que termina a 30 de setembro.
Enquanto a administração do antigo Presidente Barack Obama definiu a meta de aceitar mais de 100 mil refugiados este ano, Trump pretende cortar esse objetivo para 50 mil.
O Presidente dos Estados Unidos defendeu na noite de quarta-feira que o seu plano para limitar a entrada de pessoas de diversos países muçulmanos se afigura necessário devido à “confusão total” do mundo.
Em entrevista à ABC, Donald Trump rejeitou tratar-se de uma interdição contra os muçulmanos: “Não, não é uma proibição dos muçulmanos, mas dos seus países”, porque “as pessoas vão chegar e causar-nos tremendos problemas”.
“O nosso país já tem problemas suficientes e em muitos ou em alguns casos [há pessoas] que procuram causar tremenda destruição”, adiantou.
Donald Trump recusou dizer a que países se estava a referir, mas afirmou acreditar que a Europa “cometeu um enorme erro ao permitir que esses milhões de pessoas sigam para a Alemanha e outros países. Basta olhar – é um desastre o que está a acontecer lá”.
Questionado sobre se receia provocar a ira dos muçulmanos em todo o mundo, Donald Trump respondeu: “Raiva? Já há muita raiva neste momento. Como é possível haver mais?”
Para Trump, “o mundo é um lugar de raiva” (…). Fomos para o Iraque, não devíamos ter ido. Não devíamos ter saído da forma que saímos. O mundo está uma confusão total”.
ZAP // Lusa
Donald Trump recusou dizer a que países se estava a referir, mas afirmou acreditar que a Europa “cometeu um enorme erro ao permitir que esses milhões de pessoas sigam para a Alemanha e outros países. Basta olhar – é um desastre o que está a acontecer lá”.
E está tudo dito!
Do nosso lado, silêncio sepulcral sobre o estado real de coisas nesses países europeus. Não tem nada de difícil, mas recusam fazê-lo. Afinal não é só no salazarismo. Malditos media que (quase) só nos impingem enlatados. Escapou o caso dos filhos dos imigrantes na GB, mas faltou a ligação ao assunto “casa pia” de lá.
O Futuro vai dizer quem tem razão….
E aí será tarde demais…
Engraçado, nunca ninguém se indignou com os 2 muros já construídos para o efeito , o 1º pelo Bill Clinton e o 2º muro pelo Obama…. mas como se trata do Trump a carneira começa logo a latir.
Finalmente alguém atento e que pensa por si próprio e que não se deixa manipular pelos media.
Em 1996, quando o Clinton propôs a mesma coisa que o Trump, todos o aplaudiram de pé, ninguém o chamou de racista.
Até a Hillary, antes destas eleições, Dez 2016, referiu que tinha votado A FAVOR de uma BARREIRA na fronteira com o México! Sim, barreira, muro, não vejo diferença…
Até a lista de países que ele está a banir por 90 dias não foi feita por ele… Ele seguiu aquilo que o Obama já tinha aprovado (Visa Waiver Law) e ninguém refere isso… Enfim.