A maioria das fraldas para bebé analisada num estudo revela a presença de produtos tóxicos, incluindo de substâncias classificadas como cancerígenas.
Esta pesquisa feita em França envolveu 12 marcas de fraldas de bebé e só duas não continham produtos tóxicos, designadamente a “Mots d’enfants” do hipermercado E.Leclerc e a “Love & Green”.
A investigação, divulgada através da publicação do Instituto Nacional do Consumo (INC) de França, a revista 60 Millions de Consommateurs, passou a pente fino a composição das marcas e os testes revelaram a presença de “resíduos potencialmente tóxicos” em 10 dos 12 produtos analisados.
A mesma publicação já tinha alertado, no ano passado, para a presença de resíduos tóxicos em tampões e pensos higiénicos.
Um outro estudo divulgado em 2016, revelou também que produtos cosméticos para bebé, como toalhitas, óleos e produtos de banho, contêm ingredientes de alto risco.
Vestígios de pesticidas como o glifosato
Agora, é a vez de o alerta recair sobre as fraldas, com a revista da organização de defesa do consumidor francês a alertar para a presença de resíduos de pesticidas como o glifosato, o princípio activo do herbicida Roundup e que é apontado como cancerígeno, em algumas das marcas analisadas.
Os autores do estudo ainda detectaram vestígios de dioxinas e de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, um derivado do petróleo que está classificado como cancerígeno pela União Europeia.
Também se apurou a presença de compostos orgânicos voláteis irritantes e neuro-tóxicos em nove das 12 marcas analisadas.
“Em todos os casos, as concentrações permanecem abaixo dos limiares estabelecidos pelos regulamentos – quando existem tais limites”, salienta a 60 millions de consommateurs.
Mas estando em causa bebés, logo de grande vulnerabilidade, “qualquer resíduo potencialmente perigoso deve ser descartado das fraldas”, alerta a revista.
Até porque “não há, actualmente, qualquer avaliação do risco para o caso de fraldas aplicadas directamente sobre a pele, durante todo o dia”, conforme refere a autora do estudo, Victoire N’Sondé, citada pelo site francês 20minutes.
Plástico “suave como a seda”
A investigação ainda critica os fabricantes de fraldas por não serem transparentes relativamente à composição destes produtos.
“Contrariamente ao que a sua cor sugere, as fraldas descartáveis, geralmente, não incorporam algodão“, explica a 60 millions de consommateurs, notando que “uma fralda convencional é, antes de mais, celulose, uma fibra feita de madeira, e diferentes materiais plásticos”.
A publicação também reforça que o material que fica em contacto com as nádegas do bebé, e que é vendido como sendo “suave como a seda”, é na verdade, plástico, mais especificamente polipropileno, um termo-plástico altamente resistente e de baixo custo. E isto verifica-se mesmo nas fraldas vendidas como ecológicas.
O INC deixa assim, o apelo ao governo para que imponha “uma legislação específica” a este tipo de produtos para bebé, de modo a “instaurar controlos mais rigorosos e obrigar os fabricantes a exibirem a composição exacta dos seus produtos nas embalagens”.
não quero ir fundo em tudo o que considero desnecessariamente alarmista nesta notícia, mas duas correções de afirmações erradas:
1. algódão É celulose quase pura
2. parafraseando Paracelso, pai da medicina moderna “o que mata não é o veneno, mas a DOSE”. Consultados os números que constam da literatura científica, e a publicação que mencionam, para o glifosato detetado ser carcinogéneo, os bébés teriam que comer cerca de 50 Kg de fraldas num dia, por um período muito prolongado, ou ter o glifosato isolado e purificado de 20 fraldas injetado no sangue diariamente, igualmente por período prolongado.
Com os melhores cumprimentos
Por acaso não terá alguma fábrica de fraldas, José Feijó?
Cá para mim algodão provem das sementes do algodoeiro. já a celulose propriamente dita provem da madeira e mesmo que José Feijó, designe ambas por “celulose” são bastante diferentes, não?
O algodão é muito saudável no nosso vestuário, já a celulose…
não sei porque acha que alguém que tem uma opinião contraria às suas convições tem que ter lucro na matéria, mas não, sou professor universitário e investigador na área de biologia de plantas há mais de 30 anos. E não, nunca recebi dinheiro nem de fraldas de nenhuma outra indústria para a minha investigação (e só o ato de ter que me justificar nisto perante insinuções de quem escreve sem pensar nem tentar aprender alguma coisa é irritante).
Se se quiser instruir só tem que se dar ao trabalho de ir à internet e pesquisar “celulose” (com dois “ll” se quiser pesquisar em inglês), ficará talvez surpresa que é uma fibra que constitui o componente principal da parede celular de todas as células vegetais, e o polissacárido mais abundante na natureza. No caso do algodoeiro, é segregada em forma quase pura à volta das sementes. E pode ser extraída de todas as outras plantas, ou partes de plantas, desde a mais vulgar erva até à sequóia. Após o processo de extração o que se obtém é exatamente a mesma fibra a que chamamos algodão, e, dependendo da planta ou parte de planta de onde é extraído e do processo de extração, que resulta fibras mais ou menos longas, pode ser exatamente igual a qualquer tipo de algodão (sim, há mais que uma variedade). Depois de comprimido, qualquer celulose, seja de algodão ou de outra planta qualquer, é usado para fazer papel. Todo o papel que existe! Não tenho notícia que o papel, que usamos desde a antiguidade (sim, o papiro também é essencialmente celulose, se bem que menos pura) tenha sido tóxico ou perigoso para alguém. Perigosa mesma é a ignorância e as convicções que obrigam a ignorar os factos.
Obrigada Senhor Professor José Feijó.
É sempre bom ter oportunidade de aprender alguma coisa e eu gosto muito de aprender e agradeço o esclarecimento.
Não fora a minha piadinha de mau gosto, a dar-lhe origem (que até percebo que não tenha gostado e peço desculpa), e teria sido perfeito.
Pode então concluir-se, que as fraldas não são cancerígenas para os bebés, mesmo usando todos os dias 5 a 6 fraldas durante 2 a 3 anos…
Fico assim muito aliviada!
Encontren tantas coizas so a cura eque nao
Curiosamente as fraldas que não têm produtos tóxicos são de marca francesa…
Será que eles só investigaram marcas do seu país?