O sol, o vento e a água ajudam-nos a produzir energia elétrica, o que é indispensável para a vida do homem moderno. Agora, cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, apresentam mais uma alternativa para a geração de eletricidade: o seu coração.
Os investigadores revelaram ao New Scientist que estão a desenvolver um sistema de produção de energia elétrica utilizando materiais pizeoelétricos – que produzem eletricidade de acordo com a pressão que é aplicada nas camadas de eletrões – fazendo assim com que o próprio batimento cardíaco consiga produzir energia suficiente para carregar um pacemaker, por exemplo.
Nos testes, os cientistas conseguiram energia suficiente para manter as baterias carregadas – cerca de 0,2 microwatts por centímetro quadrado – facilitando a vida dos pacientes que necessitam de implantes eletrónicos, por exemplo.
E como funciona?
De acordo com a publicação, os cientistas utilizam um material cerâmico que apresenta propriedades piezoelétricas, chamadas de titano-zirconato-de-chumbo. Este material é aplicado sobre uma base de silicone flexível, no formato ideal para ser ligado ao órgão que seria utilizado.
Todo o processo é ligado a uma bateria elétrica e já foi testado em corações, pulmões e diafragmas de alguns animais.
Mesmo com resultados positivos, os testes com corações humanos ainda poderão demorar. Os cientistas afirmam que, antes de qualquer homologação do projeto, é preciso continuar com as experiências do sistema piezelétrico para saber se é possível manter os implantes em funcionamento durante muitos anos, sem causar perigos para a saúde dos pacientes.
Ficou com curiosidade para ver o sistema na prática? Veja o vídeo abaixo. Um aviso: as imagens podem ser um pouco chocantes para quem tem o estômago fraco.
Adriano Padilha, ZAP