O PS deixa um recado ao Bloco de Esquerda, mas também aos próprios deputados socialistas, depois da polémica em torno do anúncio do novo imposto sobre imóveis: das propostas do Orçamento para 2017 só fala o governo.
O presidente do PS e líder parlamentar socialista, Carlos César, deixou este alerta no Parlamento, na terça-feira, depois da polémica despoletada pela divulgação do novo imposto sobre imóveis que o governo pretende criar, no Orçamento de Estado para 2017.
Mariana Mortágua assumiu especial protagonismo a explicar a ideia desse imposto sobre o património mais elevado, o que deixou alguns socialistas incomodados e levou a direita a notar que a deputada do Bloco de Esquerda (BE) é “quem manda no governo” e é a verdadeira “ministra das Finanças” de António Costa.
Carlos César avisa agora, que “sobre a proposta de Orçamento do Estado [para 2017] do Governo falará o Governo“, conforme declarações recolhidas pela agência Lusa no Parlamento.
É um recado que serve para mandar “calar” o Bloco, mas também “para dentro do PS”, nota o Jornal de Negócios.
A divulgação do imposto que ainda está a ser negociado entre o governo e os partidos de esquerda terá surgido “após uma aparente fuga de informação” que deixou “o grupo parlamentar do PS surpreendido”, apurou a Renascença.
Após essa alegada fuga, o governo terá dado “ordem ao PS para o partido se mostrar disponível para dar explicações sobre os moldes do novo imposto”, acrescenta a estação.
O deputado do PS, Eurico Brilhante Dias, foi citado a falar do futuro imposto no mesmo artigo do Jornal de Negócios que também citava Mariana Mortágua a falar dele.
“Ninguém está nas mãos de ninguém”
Em nome do governo, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nunes Santos, recusa que tenha sido anunciado o novo imposto, até porque este “não está finalizado”, diz em declarações ao Diário de Notícias.
“Nem eu, nem o ministro das Finanças, nem o primeiro-ministro, sabemos qual vai ser o limite desse imposto”, sustenta o governante, notando ainda que “os anúncios sobre o Orçamento são feitos pelo Governo”.
Recusando que os elementos do Executivo socialista estejam “incomodados” ou “melindrados” com Mortágua, Pedro Nunes Santos também considera que se está “a fazer drama de uma história que é normal em democracia onde nenhum partido tem maioria”.
“Ninguém está nas mãos de ninguém. Nem o Governo está nas mãos do BE e do PCP, nem o BE e o PCP nas mãos do Governo”, garante o secretário de Estado.
BE fala em “estratégia” concertada
Do lado do BE, o líder parlamentar Pedro Filipe Soares garante que Mortágua falou com a comunicação social no âmbito de uma “estratégia mediática” montada com o governo.
“Fizemo-lo com o conhecimento do Governo e por isso enquadrada numa estratégia mediática aceite pelas duas partes que estiveram à mesa tanto na elaboração da proposta, quer sobre a forma como tornar pública esta proposta”, garante o líder bloquista em declarações à TSF.
Pedro Filipe Soares também diz que o Orçamento para o próximo ano está a ser negociado com “muitos planos B e C” e “alternativas às medidas em cima da mesa”.
ZAP / Lusa
Este ZAP é uma comédia!
Onde é que o governo mandou calar o bloco? Não vi nada!
Ahhhh são deduções de imprensa, ok ok… Então, sendo assim vamos dar a credibilidade que o ZAP merece!
Enfim….
Há coisas que nem precisam “meter explicador”.
Quando o governo diz ” sobre as propostas do Orçamento de Estado para 2017, falará o governo”, está tudo dito. Indirectamente deixa claro que, apesar do ruído, quem manda é o governo e pronunciar-se-á sobre a matéria quando e nos moldes que entender.
De facto o BE mostrou neste assunto pouca maturidade politica e alguma ânsia de protagonismo e provocou uma polémica desnecessária rodeada de ruído e informações contraditórias.
Espero no entanto que esta medida, devidamente “afinada”, faça parte do próximo OE em conjunto com outras no âmbito de uma fiscalidade progressiva e mais justa do ponto de vista social, algo que tem faltado no nosso país nos últimos anos.
Feios…porcos…e maus… nem o filme retrataria tão bem a bagunça e a geringonça que (des)governa este cantinho da europa.
Pelo menos combinem o que devem dizer. Agora o BE diz que o governo está a mentir ( não admira…é claro) pois afinal foi uma acção concertada e o governo diz que a mandou calar… ai ai…
Pois claro.
Passos Coelho e o irrevogável Portas é que foram os verdadeiros. Foram duma nobre e séria conduta moral não haja duvida.
Basta pôr a cabecinha a pensar e ver a magnifica ” saída limpa” que nos proporcionaram. Basta ver também os inumeros episódios do “diz e desdiz” de Passos Coelho,um autentico troca-tintas, algo aliás que deve ser doença lá para os lados do PSD, bastando pensar em situações como Durão Barroso, a sondagem a Isaltino Morais , depois de o terem expulso do partido,etc, etc.
Enfim, mentalidades à portuguesa.
Acho que também deveriam aumentar o imposto de circulação para todos os automóveis acima de 15.000 euros, só para tramar os ricos. E as bicicletas acima de 75 euros também deveriam levar uma sobretaxa. O mesmo é aplicável a todos os guarda-chuvas de preço superior a 5 euros. O fisco deveria começar a aceder ao património de sapatos de todas as portuguesas. Todas as portuguesas deveriam comunicar com a declaração do IRS o número de sapatos que possuem. No final de cada ano o fisco deveria poder auditar esse património. Têm mais de um par? Então pagam. Um para o verão e outro para o inverno são mais que suficientes. A partir desse número é ostentação e por isso levam com o recém-criado IMSV – Imposto Municipal sobre a Vaidade. Este imposto será igualmente aplicado aos homens. Para o efeito será monitorizado o número de gravatas. Uma preta, uma de cor única (que não o preto) e uma às riscas, ou com padrão, é o máximo admitido. Mais do que 3, estão sujeitos a uma sobretaxa no IRS.
O corte de cabelo também vai ser sujeito a imposto. Se seguir algum dos padrões autorizados pelo Tirano da Coreia do Norte, estão isentos de sobretaxa. Qualquer variante para além dos autorizados pelo referido tirano, implicam sobretaxa. Cortes à Cristiano Ronaldo, no caso dos homens, e à Angelina Jolie, no caso das mulheres, levam sobretaxa máxima. Se for corte de cabelo à António Guterres então o fisco abate 50 euros à coleta, por admitir que o contribuinte já sofreu para além do desejável durante o exercício fiscal.
E a estupidez, “Novas Medidas”, porque não?
Quando o governo anterior conseguiu tirar àqueles que já não tinham quase nada, a própria casa onde viviam, atirando-os para debaixo da ponte ou obrigando-os a irem viver com os pais, você foi assim tão critico? Nunca vi por aqui o “Novas Medidas”! …
É um IMI mais elevado na diferença que for para além de 1 Milhão de € de património, que o está agora a preocupar tanto?
Se mandou calar ou não, não interessa.
O que interessa é que o PS foi enrolado desde o início.
Faz um coligação, o BE e o PCP descartam responsabilidades, não querendo fazer parte dos ministérios, mas a grande verdade é que são governo, e são igualmente responsáveis pelo que se passa.
Mas quando há desacordos sobre uma matéria tão importante, como a dos impostos, todos têm que perceber que a verdade é que não espaço para mais carga fiscal seja ela direta ou indireta.
Será que os políticos ainda não perceberam o que se está a passar no País?
O governo brinca com os Portugueses, como fizeram os seus antepassados nos anos . de 1974/75, A esquerda CAVIAR, gere o estado com muita propaganda , não esquecer que o PCP mantem o departamento de Propaganda, e o PS, talvez por estar falido nas suas finanças tinha de chegar ao Poder, não esquecendo que a maçonaria estava afastada do Poder Real à muitos anos.
A razão real para o que o lider do PS subscreveu, foram as pressões externas ao partido , e a sua tesouraria.
O POVO, os que se esforçam por manter uma vida digna, estão entregues á sua sorte, já que os recursos do estado, ou sejam os nossos recursos andam por aí de Banco em Banco de escandalo em escandalo.
O fraco Rei Faz fraca a Forte gente
A verdade é que esta troika de esquerda criticava os impostos, agora parecem especialistas em aplica-los, é evidente que isto teria que acontecer ao contrário das magias anunciadas anteriormente onde pareciam dar tudo e tudo aliviar, agora para darem apenas uns tostões aplicam impostos de milhões, qualquer analfabeto deste país saberia aplicar tal governação e não é novidade para ninguém que isto esteja a acontecer pois por este caminho doutra forma não seria possível, para o final do ano teremos outra remessa!.
Caro amigo, convenca-se duma coisa. A ultima preocupação dos ricos, são os pobres.
Eles (os pobres e classe média ) são apenas uma ferramenta ou um meio para atingirem o seu ultimo e unico objectivo, ficarem mais ricos. Solidariedade social? Esqueça, isso para eles não existe, quanto muito existe a “solidariedadezinha” , aquela para “inglês ver” e para enganar papalvos ou otários.
Sabe bem que não é verdade que a esquerda critica os impostos, o que a esquerda critica é a falta de equidade e justiça fiscal na coleta de impostos que é algo bem diferente.
Quanto a “magias” parece-me que está a ver o filme ao contrário. Então não foi o PSD/CDS que diziam que iriam transformar isto num oásis, veja lá que até diziam que cortar subsidio de férias era um disparate (recorda-se) e quando chegaram ao poder foi das primeiras coisas que fizeram, também não se recorda que iriam baixar a divida e, pelo contrário, até a subiram, ou já não se recorda também que diziam que os sacrificios eram “repartidos” e agora vimos a descobrir atravez dum estudo amplo do ISEG, que passou na SIC de Balsemão durante 4 dias seguidos no jornal da noite, que os mais massacrados foram os pobres, pasme-se, os pobres (deviam querer matá-los á fome para não darem despesa ao Estado, só pode) e cujas conclusões metiam os ricos a pagar menos e os pobres a pagar mais, ou também não se recorda do director geral das finanças ter preparado uma equipa especializada para investigar a razão pela qual algumas familias ricas, com rendimentos acima de 5 milhões ano pagavam apenas 0,5% de imposto ( quando no estrangeiro familias com esses rendimentos pagam 25% de imposto) e, perante as primeiras conclusões, foi “corrido”, etc, etc.
Por ultimo, “Banif” e “CGD” diz-lhe alguma coisa? Por acaso sabia que estes imbróglios deviam ter sido resolvidos pelo governo anterior mas, ao invés de os resolverem, mandaram para debaixo do tapete para não estragar a trafulhice da “saída limpa”. É por estas e por outras que agora andam a tapar buracos.
O PS não mandou calar o BE, nem o poderia fazer. E a entrevista de Mariana Mortagua ontem na TVI responde ao título deste artigo.
Há uma diferença abissal entre o espalhafatoso BE (Bloco Esquizofrénico) e a responsável sabedoria do PCP – Partido Comunista Português.