O partido da chanceler alemã, Angela Merkel, enfrentou uma derrota histórica nas eleições regionais deste domingo em Berlim, com apenas 18% dos votos, e com a direita populista a alcançar 12,5% dos votos, segundo as sondagens.
De acordo com a AFP, que cita os meios de comunicação locais, a União Democrata Cristã, liderada por Angela Merkel, obteve cerca de 18% dos votos, o pior resultado do pós-guerra, o que deverá resultar no fim da coligação regional com os Social-Democratas, que obtiveram 23% dos votos.
O partido Alternativa para a Alemanha, que fez campanha contra a política de porta aberta para os refugiados, deverá ter chegado aos 11 a 12,5% dos votos, ganhando lugares no parlamento regional, a um ano das eleições legislativas nacionais.
Os resultados em Berlim das eleições regionais da cidade-estado e capital alemã mostraram o desgaste que sofre a grande coligação da chanceler Angela Merkel, assim como o auge da direita radical, imparável a um ano das legislativas.
Em Berlim, a União Democrata Cristã de Merkel caiu para caiu para os 17,7%, um mínimo histórico desde 1948, destacou o jornal conservador Frankfurter Allgemeine, mais de cinco pontos menos do que o resultado obtido em 2011 na capital.
O seu parceiro na grande coligação, o Partido Social-Democrata manteve-se como a primeira força na capital, mas conseguiu apenas 21,9%, seis pontos e meio menos do que em 2011.
Os resultados dos dois partidos juntos não são suficientes para repetir a aliança que governou até agora em Berlim.
A Esquerda chegou aos 15,6%, o que significa uma subida de quatro pontos, e os Verdes conseguiram 15,3%, uma queda de dois pontos.
O partido representante da direita radical, Alternativa para a Alemanha (sigla em alemão AfD) obteve 13,8% dos votos, ganhando assim lugares no parlamento regional.
As regionais de Berlim abrangem 2,5 milhões de eleitores.
ZAP / Lusa