Um novo estudo teórico de uma equipa de investigadores do Instituto de Física Corpuscular, em Espanha, sugere ser possível escapar de uma viagem a um buraco negro com todas as suas células no lugar.
A má notícia é que o viajante provavelmente morreria de qualquer forma… e chegaria a outro universo.
Uma das maiores dificuldades da física de um buraco negro é entender o que acontece no seu interior, numa região específica do buraco negro chamada singularidade gravitacional.
Nesse ponto, o espaço e o tempo esticam-se em direcção ao infinito e as leis normais da física deixam de ser aplicar.
Mas um novo estudo, desenvolvido por uma equipa de físicos de Valência, Espanha, e publicado na Classical and Quantum Gravity, oferece uma solução.
“Os buracos negros são óptimos laboratórios teóricos para testar novas ideias sobre a gravidade”, diz à R&I World o físico Gonzalo Olmo, investigador da Universitat de València e um dos autores do estudo.
O estudo começa por tratar os buracos negros como objectos com estruturas como a de cristais, e as singularidades como pequenos defeitos geométricos.
Usando esse modelo, os investigadores chegaram a uma descrição matemática de um buraco negro no qual o seu centro é uma superfície pequena e esférica.
Segundo os autores do estudo, um buraco negro com esta configuração é na realidade um wormhole – um túnel do espaço-tempo.
Hipoteticamente, uma pessoa poderia entrar nesse wormhole, ser “esticada” pelas forças extremas do buraco negro, e transformar-se num “espaguete humano” – fenómeno cujo termo técnico é mesmo esparguetificação.
Depois de passar pela singularidade, e chegar a outro universo, o viajante volta ao seu tamanho normal – sem se sentir muito pior do que se tivesse sido atirado para um triturador de carne e remodelado a seguir.
Por outras palavras, o viajante morreria, mas o seu corpo continuaria inteiro.
Infelizmente, a única forma de testar este modelo teórico seria enviar um viajante de carne e osso através de um buraco negro.
E para já não há voluntários, meio de transporte para o fazer chegar ao buraco negro mais próximo – e telefones no universo de destino para que nos fizesse o relato da viagem.
ZAP
Ou seja não é ciência! Ciência só existe se for possível tentar. Me pergunto como eles conseguiram públicar isso numa revista de ciência importante. Puro sensacionalismo.