Camu-camu é o nome popular de uma pequena fruta que cresce em áreas de chã e cuja semente normalmente se desenvolve na época das cheias dos rios amazonenses.
A fruta, da mesma família da goiaba e da jabuticaba, nasce de um arbusto que dá um fruto pequeno, semelhante a uma cereja, com um sabor extremamente azedo. A iguaria tem chamado a atenção dos investigadores brasileiros pelas suas qualidades nutritivas.
Grande fonte de vitamina C, a fruta supera o teor da acerola em 20 vezes e o do limão em mais de 100 vezes, colocando-a no segundo lugar do ranking das frutas mais ricas nesse tipo de vitamina – é superada apenas por uma fruta australiana chamada kakadu plum.
Mesmo com o seu grande potencial nutritivo, a produção de camu-camu para fins comerciais no Brasil ainda é baixa, motivo que instigou investigadores da Embrapa Roraima a estudar maneiras de tornar a sua produção mais atrativa.
“A Embrapa tem trabalhado no sentido de viabilizar um sistema de produção que permita o cultivo comercial da fruta, a fim de que seja possível plantar a cultura em condições diferentes das que ela é encontrada atualmente”, destacou o investigador Edivan Chagas.
Juntamente com outros parceiros, a ideia da Embrapa é divulgar os benefícios da fruta, para que se torne uma espécie importante para o desenvolvimento regional da Amazónia.
Atualmente, o Peru é o grande produtor e exportador do alimento. Já na União Europeia, o fruto é muito utilizado pelas empresas farmacêuticas na fabricação de suplementos vitamínicos.