Segundo um estudo da UCSF, publicado no American Journal of Public Health, beber diariamente refrigerantes ricos em açúcar pode acelerar o envelhecimento tanto quanto fumar.
Ao que tudo indica, o velho slogan de uma conhecida marca de refrigerantes, “dá mais vida”, não é verdade. Antes pelo contrário.
Segundo um estudo de investigadores da Universidade da Califórnia, de São Francisco, nos Estados Unidos, publicado em 2014 no American Journal of Public Health, o consumo diário de bebidas açucaradas aumenta a velocidade a que as células envelhecem.
A pesquisa mostrou que indivíduos que bebiam o equivalente a duas latas de refrigerante açucarado por dia registaram mudanças no DNA que tornaram as células 4,6 anos mais velhas do que realmente eram.
“O consumo regular de bebidas açucaradas influencia o desenvolvimento de doenças – não apenas desregulando o controlo do metabolismo dos açúcares, mas também acelerando o envelhecimento do tecido celular”, disse à revista da UCSF a psiquiatra Elissa Epel, principal autora do estudo.
A análise de milhares de amostras de DNA mostrou que pessoas que ingerem a bebida regularmente apresentam telómeros mais curtos do que as que não têm esse hábito.
Estas estruturas, encontradas nas extremidades dos cromossomas, protegem o material genético, e são um indicador do estado de saúde do organismo.
Telómeros mais curtos do que a média são vistos como um sinal de doenças e morte prematura.
À medida que o envelhecimento avança, os telómeros ficam cada vez mais curtos, o que danifica o DNA e aumenta as probabilidades de doenças relacionadas com a idade, como o Alzheimer,
Este estudo foi a primeira prova de ligação das bebidas açucaradas ao tamanho dos telómeros – e veio juntar-se a uma longa lista de estudos a associar o consumo de refrigerantes à obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, e a um aumento da mortalidade em todo o mundo.
ZAP / Move