Os doentes crónicos vão poder aviar receitas nas farmácias, sem que para isso tenham de ir propositadamente a uma consulta no centro de saúde.
O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, apresentou esta quarta-feira o plano estratégico para a reforma dos cuidados de saúde primários.
Entre as novas medidas, destaca-se a dispensa de uma deslocação aos centros de saúde para que doentes crónicos possam aviar receitas, avança o Diário de Notícias.
Graças à nova medida, basta que estes doentes se dirijam a uma farmácia e deem os dados necessários para que possam levantar a sua medicação habitual.
“Os doentes mais necessitados, mais idosos ou que vivam mais longe dos centros de saúde não têm de voltar lá para ir buscar uma receita”, explica o secretário de estado.
Segundo o jornal, esta iniciativa será possível com recurso à receita eletrónica, podendo assim os médicos renovar as receitas no sistema sem que o doente necessite de passar numa unidade de saúde.
Até agora, os utentes tinham de pagar uma taxa moderadora de três euros para poder levantar estas receitas, algo que o Ministério da Saúde ainda não soube esclarecer se vai deixar de existir ou se passa a ser cobrado como um ato farmacêutico.
Ainda durante a apresentação da nova estratégia, foi também anunciado o objetivo de cobrir todo o território nacional com unidades de saúde familiar, em detrimento dos tradicionais centros de saúde.
Neste novo modelo, os profissionais são pagos pelo desempenho e são abrangidos mais utentes por médico, melhorando assim a carência de utentes que não têm ainda médico de família.
Em declarações ao DN, Henrique Botelho, o coordenador da reforma, considera que este novo modelo é “melhor, traz melhores resultados para a saúde, poupanças e satisfação para os profissionais”.
ZAP
Parece bom 🙂
Parece-me bem desde que o sistema também evite a possibilidade de fraude.
Acho uma medida correcta de apreciar.
Quanto ao sistema de saúde copiem o francês e deixem-se de tretas!
Copiar o sistema Francês pra quê? Será que não temos cabeça pra pôr em campo um sistema de saúde talhado às nossas necessidades, e não à dos Franceses? Esta iniciativa é muito boa; tamos no bom caminho!