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Até às 16 horas, só votaram 23,37% dos eleitores

Nuno Fox / Lusa

As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem desde as 08h00 deste domingo em Portugal, registaram uma afluência às urnas de 23,37% até às 16:00, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A percentagem de afluência deste ano é inferior à das últimas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em maio de 2014, que, à mesma hora, se cifrava em 26,31%. Quanto aos eleitores comunitários não nacionais, à mesma hora, a afluência este ano foi de 20,95% face aos 15,82% registados em 2014.

Aos 23,37% de afluência às urnas correspondem 2.514.882 enquanto os 26,31% registados à mesma hora nas europeias de 2014 correspondem 2.551.144. Apesar e haver mais 1.064.675 de eleitores face a 2014, às 16h00 de hoje, havia, à mesma hora, menos 36.262 votos, comparativamente com as europeias de há cinco anos.

Quanto aos eleitores comunitários não nacionais, às 16h00, a afluência este ano foi de 20,95%, enquanto em 2014 se registou uma afluência de 15,82%.

Até ao meio-dia de hoje, tinham quase mais 67.000 eleitores face às eleições de 2014, apesar de a percentagem de afluência às urnas deste ano ser inferior às últimas eleições europeias.

As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem desde as 08h00 em Portugal, registaram uma afluência às urnas de 11,56% até às 12h00, enquanto há cinco anos, à mesma hora, a percentagem se cifrava em 12,14%.

Os eleitores com capacidade eleitoral ativa este ano são no total 10.761.156, quando nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, em maio de 2014, eram 9.696.481. À percentagem de afluência às urnas de 11,56%, até às 12h00 de hoje, correspondem 1.243.989 votantes face aos 12,14% de 2014, os quais representam um número real de 1.177.152 votos, uma diferença de 66.837 votantes.

Cerca de 10,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas. Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.

Em Portugal, em termos das listas concorrentes, em 2014 o PSD e o CDS-PP formaram uma coligação e, este ano, apresentam-se às eleições com listas separadas. A CDU, que junta tradicionalmente em atos eleitorais o PCP, o PEV e a Intervenção Democrática, volta a apresentar-se como coligação.

A concorrer pela primeira vez está a coligação Basta (composta pelo PPM e PPV-CDC), contando com o apoio do novo partido Chega e do Movimento Democracia 21. O PDR, a Aliança, o Nós, Cidadãos!, a Iniciativa Liberal e o PURP apresentam-se também pela primeira vez a eleições europeias.

No boletim de voto os partidos estão inscritos pela seguinte ordem: PCTP, PDR, PAN, PS, Aliança, PNR, Nós, cidadãos!, PTP, PSD, BE, Iniciativa Liberal, MAS, CDS, PURP, Basta, LIVRE e CDU.

Em 2014, o PS obteve oito mandatos, o PSD/CDS, sete, o PCP-PEV, três, o MPT, dois e, o BE, um mandato. Há cinco anos, votaram 33.91% de eleitores, pelo que a abstenção foi de 66.09%.

As europeias deste ano em Portugal ficam também marcadas pelo fim do número de eleitor e pela possibilidade de todos os eleitores poderem votar antecipadamente, desde que o peçam.

“Os que foram para a praia, que voltem a tempo de votar”

Marcelo Rebelo de Sousa confessou estar “muito preocupado” com os níveis de participação nas eleições europeias, admitindo ser uma “péssima notícia” se as taxas de votação ficarem entre os 20 e os 25 por cento.

“Penso que [os portugueses] devem fazer um esforço [para votar] porque, como eu disse, seria realmente uma péssima notícia chegar a números de votação na ordem dos 20 a 25 por cento”, afirmou o Presidente da República, que falou aos jornalistas depois de ter votado em Molares, Celorico e Basto, no distrito de Braga.

O chefe do Estado disse que os indicadores até às 13h00, hora em que exerceu o seu direito de voto, apontam para níveis de participação reduzidos. “Os primeiros dados não são animadores. Acabei de ouvir aqui precisamente números que são muito parecidos com esses, portanto, parece ser uma tendência geral”, referiu.

Àquela hora, a votação naquela freguesia com pouco mais de 525 eleitores era de cerca de 11%. Insistindo na preocupação, Marcelo deixou um apelo ao voto: “Os portugueses têm ainda cerca de seis horas para votar. Arrumem a sua vida, os que foram passear, os que foram para o campo, foram para a praia, que voltem a tempo de votar ainda“.

ZAP // Lusa

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