“Mais de 55 mártires” palestinianos em Gaza, sete deles num campo de refugiados. Na Cisjordânia, Israel também derramou sangue. Israel diz que vai intensificar os ataques aéreos enquanto o Hezbollah diz ter militares na fronteira e que Israel “pagará preço alto” sempre que iniciar ofensivas.
Pelo menos 55 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza na noite de sábado e durante esta madrugada, após Israel ter anunciado a intensificação dos bombardeamentos, anunciou o governo do Hamas. Mais de 30 casas foram destruídas.
“Mais de 55 mártires”, disse o governo em comunicado.
Um dos ataques aconteceu durante a noite num campo de refugiados, onde morreram sete pessoas e dezenas ficaram feridas.
Na Cisjordânia ocupada, Israel também derramou sangue. O exército israelita afirmou este domingo que matou “terroristas” que se abrigavam numa passagem subterrânea da mesquita de Al-Ansar, em Jenin. Pelo menos 13 palestinianos morreram no ataque ao campo de Nur Shams. Cinco eram crianças, avança a CNN no noticiário desta manhã.
🇮🇱 ISRAEL just BOMBED the Al-Ansari Mosque in the West Bank.
🇮🇱 Hamas isn’t in the West Bank — why are you doing this @Israel?
pic.twitter.com/mIOvWtA0qA— Jackson Hinkle 🇺🇸 (@jacksonhinklle) October 22, 2023
“O exército efetuou um ataque aéreo contra um complexo terrorista pertencente aos operacionais do Hamas e da Jihad Islâmica, responsáveis por vários ataques terroristas nos últimos meses e que estavam a organizar um novo ataque terrorista em breve”, declarou o exército israelita em comunicado.
O diretor do Crescente Vermelho de Jenin, Mahmoud Al-Saadi, citado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, disse que uma pessoa tinha morrido e três outras tinham ficado feridas no ataque.
De acordo com o exército israelita, que levou a cabo a operação em conjunto com os serviços de informação internos de Israel, a mesquita servia de “centro de comando para planear futuros ataques” e de “base para os levar a cabo”.
Segundo o exército, a “célula terrorista” organizara um atentado a 14 de outubro, perto da barreira de separação entre Israel e a Cisjordânia, utilizando um engenho explosivo, mas sem causar vítimas.
Cerca de 84 palestinianos foram mortos na Cisjordânia pelo exército israelita ou por habitantes dos colonatos desde 07 de outubro, data do ataque sangrento do movimento islamita Hamas contra Israel a partir da Faixa de Gaza, que fez mais de 1.400 mortos, na sua maioria civis abatidos a tiro, queimados vivos ou mutilados.
Ataques israelitas desativam os dois principais aeroportos sírios
Os ataques israelitas aos dois principais aeroportos da Síria, em Damasco e Alepo, causaram pelo menos duas mortes e levaram à desativação das infraestruturas aeroportuárias, informou a imprensa estatal, que cita uma fonte militar.
“Por volta das 05:25 (03:25 GMT), o inimigo israelita efetuou um ataque aéreo contra os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, causando a morte de um funcionário do aeroporto de Damasco e ferindo outro”, disse a fonte militar, citada pela agência oficial síria Sana.
“Os danos materiais causados nas pistas dos aeroportos colocaram-nos fora de serviço“, disse a mesma fonte.
Telavive evacua 14 comunidades no norte do país
Israel ordenou a evacuação de mais 14 comunidades no norte do país, perto da fronteira com o Líbano, à medida que intensifica os ataques às infraestruturas militares da milícia xiita Hezbollah.
“A Autoridade Nacional de Gestão de Emergências do Ministério da Defesa e as Forças de Defesa de Israel anunciam a expansão do plano de evacuação financiado pelo Estado para outras comunidades no norte de Israel”, disse um porta-voz militar.
As 14 comunidades adicionadas ao plano são: Snir, Dan, Beit Hillel, She’ar Yashuv, Hagoshrim, Liman, Matzuva, Eylon, Goren, Gornot HaGalil, Even Menachem, Sasa, Tziv’on e Ramot Naftali, no momento em que também se registou um aumento os disparos de mísseis antitanque e foguetes contra o território israelita.
O exército israelita já acusara este sábado o Hezbollah de procurar uma escalada militar na zona fronteiriça, correndo o risco de arrastar o Líbano para uma guerra, após novas trocas de tiros entre Israel e o grupo xiita.
“O Hezbollah está a agredir e a arrastar o Líbano para uma guerra da qual não ganhará nada, mas na qual se arrisca a perder muito”, advertiu o porta-voz do exército israelita, Jonathan Cornicus, na rede social X (antigo Twitter).
Hezbollah diz ter militares na fronteira: Israel “pagará preço alto”
O Hezbollah afirmou que Israel pagará um preço alto sempre que iniciar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza e avançou que já tem militares na fronteira, disse o vice-líder, Naim Kassem.
Estas declarações ocorreram quando Israel bombardeava e fazia ataques com drones no sul do Líbano. Paralelamente, o Hezbollah dispara foguetes e mísseis contra Israel. “Estamos a tentar enfraquecer o inimigo israelita e fazê-los saber que estamos prontos”, disse Naim Kassem.
Já autoridades do Hamas disseram que se Israel iniciar uma ofensiva terrestre em Gaza, o Hezbollah se juntará aos combates.
Há preocupações de que o Hezbollah, apoiado pelo Irão, que possui um arsenal de armas composto por dezenas de milhares de foguetes e mísseis, bem como diferentes tipos de drones, possa tentar abrir uma nova frente na guerra Israel-Hamas com um ataque em grande escala no norte de Israel.
O grupo xiita libanês Hezbollah é aliado do Hamas. “Alguém acredita que se tentarem esmagar a resistência palestina, outros combatentes da resistência na região não agirão?”, disse Kassem num discurso durante o funeral de um combatente do Hezbollah.
“Estamos no centro da batalha hoje. Estamos a ter conquistas através desta batalha”, acrescentou.
EUA anunciam reforço militar no Médio Oriente
Os Estados Unidos anunciaram no sábado à noite um reforço militar no Médio Oriente em resposta às “recentes escaladas do Irão e das suas filiais” na região.
Um sistema de defesa antimíssil de alta altitude e várias baterias de mísseis terra-ar Patriot serão instalados “em toda a região”, e mais meios militares foram colocados em estado de “pré-implantação”, anunciou o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em comunicado.
O grupo islamita do Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
O exército israelita anunciou ter encontrado os corpos de 1.500 combatentes do Hamas nas localidades que retomou o controlo após este ataque, o mais mortífero desde a criação de Israel em 1948.
Na Faixa de Gaza, mais de 4.300 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas nos bombardeamentos efetuados, em represália, pelo exército israelita, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
ZAP // Lusa
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Se é contra terroristas, tenho q estar do lado de Israel… Alguém tem que impor a ordem na região dos acéfalos.
Acéfalo é quem está do lado de Israel e contra todas as recomendações da ONU.
Israel é um estado assassino que anda a ocupar território palestiniano e a matar civis homens, mulheres e crianças à 56 anos.
Nos últimos 15 dias matou mais 5500 civis palestinianos.
Claro que o terrorismo não é solução.
Mas na Palestina (Cisjordânia) não existe Hamas e Israel faz exatamente o mesmo genocídio.
Responda quem souber, quantos prémios nobéis, quantos produtos/avanços científicos, criaram os Palestinos e permitiram ao mundo melhorar o bem estar das pessoas? Agora, faça o mesmo em relação a Israel e compare também as sociedades e os direitos de homens e mulheres em ambos os povos. Seja sincero consigo.