Cerca de 43% das empresas de restauração admitem pedir insolvência se não tiverem apoio

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Ahresp) apresentou ao Governo 10 propostas para evitar pedidos “em massa” de insolvências e a redução de postos de trabalho, de forma a compensar o impacto das medidas tomadas para travar a propagação da pandemia de covid-19.

Algumas dessas medidas impostas pelo Executivo começam a ser aplicadas esta quarta-feira, agravando “as frágeis condições das atividades da restauração e bebidas e do alojamento turístico”, referiu a Ahresp, citada na terça-feira pelo Público.

Segundo a Ahresp, os resultados do inquérito mensal realizado aos seus associados, relativo a outubro, mostra “43% das empresas de restauração e bebidas e 19% das empresas do alojamento turístico assumem que vão avançar para insolvência”. Além disso, 45% das empresas de restauração e 25% no alojamento turístico já efetuaram despedimentos após a declaração do estado de emergência.

Entre as medidas da associação, destaca-se a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA aos serviços de alimentação e bebidas, que custaria ao Estado 90 milhões de euros mas impediria o encerramento de 10 mil empresas e de 46 mil postos de trabalho.

A criação de incentivo não reembolsável para micro, pequenas e médias empresas; a extensão do ‘lay-off’ simplificado até 31 de dezembro de 2021; a isenção da taxa social única a cargo das empresas, também até final do próximo ano; campanhas de dinamização do consumo; apoios específicos à animação noturna; moratórias fiscais e contributivas, moratórias sobre as rendas e apoios municipais são outras das medidas.

ZAP //

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