Há um novo chip de computadores revolucionário, que contém mais de 400 mil milhões de transístores; e vai treinar modelos de inteligência artificial (IA) da forma mais rápida, sustentável e eficiente alguma vez vista.
A Nvidia apresentou, na semana passada, o “superchip” Blackwell AI – descrito pela empresa como o mais poderoso de sempre.
O Blackwell AI tem mais de 400 mil milhões de transístores – os pequenos interruptores dos dispositivos de computação modernos.
O “superchip” inovador foi desenhado para treinar modelos de inteligência artificial (IA) de forma mais eficiente e com um consumo energético significativamente inferior.
O anúncio foi feito pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, durante uma conferência de imprensa em San Jose, Califórnia (EUA), na semana passada.
As unidades de processamento gráfico (GPUs) Blackwell B200 foram as protagonistas: cada uma com 208 mil milhões de transístores – superando em larga escala a contagem de transístores dos modelos anteriores da Nvidia, que continham “apenas” 80 mil milhões de transístores.
Os GPUs são essenciais para treinar grandes modelos como, por exemplo, o Chat GPT-4 da OpenAI.
O Blackwell AI é 30 vezes mais eficientes e utiliza 25 vezes menos energia.
Como detalha a New Scientist, enquanto o GPT-4 necessita de 8000 GPUs Hopper e 15 megawatts de energia para 90 dias de treino, o mesmo treino poderia ser agora feito usando apenas 2000 GPUs Blackwell e 4 megawatts de energia.
O CEO da empresa de computação norte-americana prevê que o sistema Blackwell trará um desenvolvimento crucial para a IA generativa.
Este salto tecnológico poderia reduzir significativamente a pegada ambiental do desenvolvimento de IA.
No entanto, os custos desta inovação poderão representar uma contrariedade. Além disso, a competição global de GPUs intensificou tensões geopolíticas, nomeadamente entre EUA e China.
Como explica a New Scientist, o governo dos EUA implementou o controlo de exportações de tecnologias de chips avançadas para atrasar os esforços de desenvolvimento de IA da China, numa jogada que descreve como vital para a segurança nacional dos EUA – e que obrigou a Nvidia a criar versões menos potentes dos seus chips para clientes chineses.
A primeira frase depois do título fala em “400 bilhões”, mas deve ser “400 mil milhões” que não é o mesmo em Portugal e na maioria dos países.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.