3 em 10 professores não utilizam tecnologia: “Estorva mais do que ajuda”

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Estudo indica que mais de um terço dos professores não teve formação para utilizar tecnologia em salas de aula.

A tecnologia está presente nas salas de aula em Portugal, há muito tempo. Mas muitos professores não a utilizam frequentemente.

Um estudo indica que cerca de 31% dos docentes – entre os 2.580 que responderam ao inquérito – não utilizam a tecnologia disponível no respectivo estabelecimento de ensino: “Nem sempre funciona e é mais um obstáculo do que um benefício“, lê-se no documento citado pelo Público.

Ainda relacionado com esse número, 15% não utilizam a tecnologia nas escolas, “ou porque não é fácil fazê-lo ou porque consideram que não é necessária“.

Esta análise foi elaborada por dois investigadores da Universidade do Minho e foi publicado pela Promethean, empresa focada na venda de equipamentos tecnológicos.

A formação para a utilização dos meios tecnológicos em sala de aula ainda não é generalizada: mais de um terço (36%) dos professores não teve formação neste sentido. E cerca de 30% não participaram em qualquer formação do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua.

A grande maioria dos participantes neste estudo (86%) tem noção de que a tecnologia é prioritária nas escolas; e 64% utilizam frequentemente a tecnologia mas cerca de 12% admitiram que não têm competências digitais.

Pouco mais de um quinto dos professores (21%) sabem utilizar bem a tecnologia na sua vida pessoal mas não estão confiantes para fazerem o mesmo numa sala de aula.

Mais de metade dos docentes (52%) acha que o comportamento dos alunos melhorou por causa da presença da tecnologia durante as aulas.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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3 Comments

  1. Mais uma área onde o país tem andado completamente à deriva, muda-se de governo, muda-se de sistema, muda-se de ministro, de novo muda o sistema, desta maneira ninguém se entende e jamais se chegará a uma forma correta e estável de ensino, para além de que a desmotivação parece ser crescente!

  2. Falando em ermos gerais, as ações de formação levadas a cabo pelo conselho científico-pedagógico de formação contínua são de má qualidade e dadas por indivíduos da confiança de quem está à frente de tais centros. A corrupçãozinha à portuguesa do costume. De modo que os professores aprendem mais uns com os outros do que em tais centros. Por outro lado, os alunos têm TIC’S desde muito cedo, mas chegam ao 12º ano e não dominam sequer o word. Depois, há disciplinas que não se coadunam com qualquer tipo de ferramenta digital. Finalmente, as redes sociais servem para imbecilizar os jovens e menos jovens. Portanto, quem há 15 ou 20 anos pensava que a informática iria revolucionar o ensino, como aquele primeiro ministro, cujo nome não recordo, mas que foi apanhado num gang de roubo do erário público, o Estado Português, deu um tiro no pé e será preciso, agora, rever todo o esquema de digitalização da sociedade, que serve, em primeira linha, para controlar as pessoas.

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