Um tribunal de Tegucigalpa condenou na quarta-feira a 58 anos de prisão a ex-primeira dama das Honduras Rosa Elena Bonilla, mulher do ex-Presidente Porfírio Lobo (2010-2014), por crimes de corrupção.
Bonilla foi condenada a 10 anos de prisão por apropriação indevida e a seis anos por cada um dos oito delitos de fraude, que somam 48, para “um total de 58 anos de reclusão”, disse aos jornalistas o porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça, Carlos Silva.
A ex-primeira dama não se deslocou ao tribunal, nem o marido, que esteve nas últimas audiências em agosto, nas quais Bonilla foi declarada culpada por apropriação indevida de recursos do Estado e fraude.
O caso foi originalmente apresentado pela missão de combate à corrupção da Organização dos Estados Americanos, que iniciou seu mandato no país em 2016, após grandes protestos de rua relacionados com escândalos ligados ao crime de suborno.
Investigadores da organização não-governamental Conselho Nacional Anticorrupção disseram aos procuradores que Rosa Elena Bonilla depositou 600 mil dólares de fundos governamentais na sua conta bancária pessoal cinco dias antes de terminar o mandato presidencial de Porfirio Lobo, em janeiro de 2014.
Os procuradores acusaram Rosa Elena Bonilla de usar o dinheiro para comprar joias e pagar cartões de crédito.
No início de agosto, procuradores federais dos EUA acusaram Porfirio Lobo e o seu sucessor, o atual Presidente, Juan Orlando Hernandez, de receberem contribuições para as campanhas por parte de traficantes de cocaína, em troca de proteção. Porfirio Lobo negou a acusação.
ZAP // Lusa