As rajadas rápidas de rádio repetitivas são um fenómeno raro – descobrir 25 em três anos é ainda mais raro.
FRB. Pode soar a polícia federal russa, ou a reserva federal, mas neste caso é fast radio burst – rajada rápida de rádio.
São resultado de eventos extremamente poderosos (e misteriosos) que ocorrem no universo.
As FRBs são rajadas que libertam mais energia num milissegundo do que o Sol em três dias.
Mais de mil chegam à Terra, todos os dias – mas são tão rápidas que a grande maioria das rajadas nem é captada, porque duram apenas milésimos de segundo.
O radiotelescópio Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME), no Canadá, só conseguiu captar pouco mais de mil e apenas 29 foram repetitivas, enumera o portal Universe Today.
As rajadas rápidas de rádio repetitivas são um fenómeno raro – por isso, detectar 25 FRBs ao longo de três anos torna-se ainda mais notícia.
Foi o que o CHIME conseguiu, entre 2019 e 2021, revela um novo estudo, divulgado na semana passada.
No total, foram identificados 54 objectos diferentes a emitir essas explosões misteriosas, acrescenta o portal Canal Tech.
Foi utilizado um novo algoritmo, para varrer os dados reunidos pelo radiotelescópio.
O algoritmo considerou todas as rajadas rápidas de rádio que o telescópio CHIME detectou e procurou agrupamentos de FRBs que tenham posições consistentes no céu. Procurou vários eventos co-localizados no céu com medidas de dispersão semelhantes.
Praticamente todas as FRBs repetidas repetem-se de forma irregular.
E os autores do estudo admitem que, onde viram uma rajada, mais à frente verificarão que são também rajadas repetitivas.
Aliás, é mesmo possível que todas as fontes de rajada rápida de rádio acabem por se repetir – mas muitas fontes não são muito activas.
Isso tem uma explicação muito simples