Estamos em 2025? Depende…

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Embora o calendário Gregoriano seja o mais usado pelo mundo, há países que têm calendários próprios e que não estão em 2025.

Em Portugal, assim como 167 outros países que usam exclusivamente o calendário Gregoriano, já estamos em 2025. Mas, apesar de ser o mais usado globalmente, o calendário Gregoriano não é a única forma reconhecida de contar a passagem do tempo e há vários países que têm calendários alternativos.

Um dos casos mais notórios é a Índia, o país mais populoso do mundo. Para além do calendário Gregoriano, os indianos têm ainda um calendário nacional chamado Shaka Samvat, onde 2025 corresponde ao ano 1946, e vários calendários regionais.

O calendário islâmico Hijri, que é usado para definir as datas de rituais religiosos muçulmanos, como o Ramadão, também vigora oficialmente para fins civis em alguns países. Este calendário tem duas versões: a solar — que acompanha a rotação da Terra em torno do Sol e também tem 365 dias — e a lunar, que se baseia nas fases da Lua e tem 354 dias, tal como o ano lunar.

A Arábia Saudita usa o calendário Hijri solar, a que chama Umm al-Qura, estando atualmente no ano 1446. Já no Irão e no Afeganistão é usado o Hijri lunar, sendo 1403 o ano em vigor.

E quando questionados sobre se querem um calendário lunar ou solar, os nepaleses dizem “ambos”. O país cinge-se pelo Bikram Sambat, um calendário lunisolar que mistura elementos de ambos os ciclos e se orienta seguindo tradições hindus. No Nepal, 2025 corresponde a 2081.

Na mesma onda de calendários religiosos, Israel também se orienta segundo o calendário hebraico, estando de momento no ano 5785, e a Tailândia segue o calendário budista, e vai entrar em 2568 em abril.

No Japão, estamos no ano 7. Isto acontece porque o país segue o sistema tradicional de nengō, com a contagem dos anos a ser reiniciada com o reinado de cada novo imperador. Atualmente, o país está na era Reiwa, que começou a 1 de maio de 2019, com a ascensão do Imperador Naruhito.

Já em Taiwan e na Coreia do Norte, 2025 corresponde ao ano 114 — mas por razões diferentes. Em Taiwan, o ano é calculado tendo por base o calendário Minguo, que começa a partir da criação da República da China, em 1912 — a não confundir com a atual República Popular da China, que foi fundada em 1949.

Por sua vez, os norte-coreanos orientam-se de acordo com o calendário Juche, que também se baseia em 1912, para assinalar o ano em que nasceu Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte.

Na Etiópia, fazemos uma viagem no tempo até 2017. Isto deve-se ao calendário próprio do país africano, que tem raízes no antigo calendário cristão Copta e estima que o nascimento de Jesus Cristo aconteceu 8 anos depois do que ficou estipulado no calendário Gregoriano.

Adriana Peixoto, ZAP //

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