Até 100 funcionários de Carlos III podem ser despedidos. Rei isento de impostos sobre herança da rainha

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Andy Rain / EPA

O agora rei Carlos III.

Com a mudança de escritórios de Carlos III para o Palácio de Buckingham, há dezenas de empregos em risco. Os funcionários estão “furiosos” com a notícia.

Dezenas de funcionários de Clarence House, a antiga residência do novo rei Carlos III, receberam uma aviso de que há despedimentos à vista, agora que os escritórios do monarca e da sua rainha consorte se vão mudar para o Palácio de Buckingham.

De acordo com o The Guardian, até 100 trabalhadores podem perder o emprego. Muitos funcionários assumiram que seriam transferidos para o Palácio de Buckingham com a mudança do rei e não estavam à espera da carta.

“Todos estão absolutamente furiosos, incluindo os secretários privados e a equipa sénior. Todos os trabalhadores têm ficado até mais tarde desde quinta-feira e depois recebem esta notícia”, revela uma fonte anónima próxima da situação.

Ainda não foram tomadas decisões finais e o período de consulta só acabará depois do funeral da rainha, marcado para segunda-feira. Os funcionários que serão despedidos terão ofertas de emprego noutras casas reais ou apoio na procura por alternativas externas.

Não se sabe se, para além da mudança do escritório, Carlos III também vai passar a viver no Palácio de Buckingham, já que se especula que o rei não é muito fã da ideia e há também muitas partes do edifício que ainda não estão habitáveis devido às obras de remodelação que estão a decorrer.

Herança isenta de impostos

O rei Carlos III também não vai ter de pagar impostos sobre a fortuna que herda agora da rainha, apesar de se ter voluntariado para o fazer.

Uma cláusula assinada em 1993 pelo então primeiro-ministro, John Major, determina que qualquer herança passada de “soberano para soberano” está isenta dos 40% de imposto aplicados a bens avaliados acima de 325 mil libras.

As propriedades da coroa têm um valor estimado em 15,2 mil milhões de libras, dos quais 25% dos lucros gerados são dados à família real. Estes bens não podem ser vendidos pelo rei e são cedidos ao Governo em troca de uma pensão, pelo que a cláusula determina que seria “inapropriado pagar um imposto sobre a herança”.

Já no caso da propriedade privada do Ducado de Lancaster, que Carlos também vai herdar de Isabel II, a isenção também se aplica para que o monarca preserve “um grau de independência financeira do Governo da altura”.

A directiva do Governo acrescenta que “a monarquia enquanto instituição precisa de recursos privados suficientes para poder continuar a fazer o seu papel tradicional na vida nacional”.

Adriana Peixoto, ZAP //

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