Investigadores britânicos combinaram dois medicamentos que tiveram resultados significativos em apenas onze dias entre algumas pacientes.
Cancro da mama é o tipo de doença mais comum entre as mulheres dos quatro cantos do mundo e, para já, o diagnóstico precoce continua a ser o melhor aliado para combater esta doença.
Apesar dos avanços nesta área ainda há muito por fazer, tal como se pode confirmar pelo último relatório da Organização Mundial da Saúde: só em 2012, 522 mil pessoas morreram com esta doença.
Porém, uma nova pesquisa conduzida pelo Cancer Research UK conseguiu finalmente trazer algum ânimo entre vários investigadores.
A pesquisa levada a cabo pela equipa britânica demonstrou que a utilização de uma nova técnica que combina dois medicamentos pode eliminar o cancro HER2 positivo em apenas onze dias.
Os medicamentos em questão são trastuzumab e lapatinib e foram usados nas pacientes voluntárias na pesquisa antes de estas serem submetidas a uma operação.
A investigação, chamada de EPHOS B, incluiu um total de 257 mulheres diagnosticadas com esse tipo de cancro e foi dividido em duas fases.
Na primeira fase, as primeiras 130 mulheres foram divididas em três grupos. Durante onze dias, algumas receberam trastuzumab, outras lapatinib e o terceiro grupo não recebeu nenhum dos dois.
Na segunda fase, as restantes 127 voluntárias foram também distribuídas em três grupos. Um recebeu trastuzumab, outro recebeu uma combinação dos dois medicamentos e, mais uma vez, o terceiro não recebeu nenhum dos dois.
Depois deste tratamento inicial, todas as pacientes seguiram o tratamento tradicional para este tipo de cancro, incluindo a cirurgia. Os investigadores analisaram o tecido que sobrou da região para ver se havia diferença entre os grupos.
Sete das 66 mulheres que receberam a combinação dos dois medicamentos tiveram uma resposta total ao tratamento, ou seja, o tumor desapareceu.
Relativamente a outras onze mulheres, a combinação das duas substâncias também fez com que o tumor diminuísse consideravelmente de tamanho.
Além disso, mulheres que estavam no estágio 2 desse cancro – aquele em que já se espalhou para os gânglios linfáticos – também tiveram uma ótima resposta.
Nem os investigadores estavam à espera de um sucesso tão imediato com esta investigação. Agora resta perceber se estas mulheres vão precisar de quimioterapia no futuro, tal como acontece nos tratamentos tradicionais.
ZAP / HypeScience