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Governo grego na rua (a comemorar o 1º de Maio)

Alexandros Vlachos / EPA

Yanis Varoufakis fala com manifestantes durante as comemorações do 1º de Maio em Atenas, Grécia

Yanis Varoufakis fala com manifestantes durante as comemorações do 1º de Maio em Atenas, Grécia

A Grécia viveu hoje um 1.º Maio singular, já que pela primeira vez um Governo saiu à rua ao lado dos cidadãos para reclamar os mesmos objetivos, acabar com as políticas de austeridade e restaurar os direitos laborais.

O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, apareceu sorridente e sem escolta no meio da manifestação principal no centro de Atenas, na qual participaram homens e mulheres de todas as idades.

Varoufakis recusou fazer qualquer comentário político, enquanto outros ministros se alinharam com os desejos do povo de acabar com as políticas de austeridade e reiteram as promessas do Governo de não passar as suas “linhas vermelhas”.

“As linhas vermelhas do Governo são profundamente vermelhas”, assegurou o ministro do Trabalho, Panos Skurletis, numa alusão à promessa do Governo de não desistir dos planos de restaurar os convénios coletivos e o salário mínimo, nem de ceder às pretensões dos credores de reduzir as pensões e os salários do setor público.

O ministro da Energia, Panayotis Lafazanis, que desfilou com os sindicatos no principio da manifestação, sublinhou que o Governo “não vai assinar qualquer acordo que esteja em contradição com o programa do Syriza (o partido no governo)” e garantiu que “os credores podem esquecer” esta hipótese.

Ao contrário do que tinha circulado nos meios, o primeiro-ministro Alexis Tsipras não participou na manifestação, mas deixou uma mensagem na sua conta do Twitter.

“A nossa luta pela proteção e ampliação dos nossos direitos, pela democracia e pela vida com dignidade vencerá”, escreveu.

Tendo em conta que o Dia do Trabalhador caiu este ano numa ‘ponte’, a participação de cerca de 15 mil pessoas na manifestação de Atenas não é nada diminuta para a Grécia, onde nos últimos anos tem havido muitos protestos, mas com poucos participantes.

/Lusa

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