Empresa israelita está a ajudar o FBI a desbloquear iPhone de terrorista

Manny Valdes / Flickr

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O maior jornal israelita avança que é uma empresa deste país quem está a ajudar o FBI a desbloquear o iPhone do atirador do massacre de San Bernardino.

Depois do FBI ter anunciado que pode ter descoberto uma solução alternativa para desbloquear o iPhone, eis que o maior jornal israelita avança que é uma empresa do país quem está por trás desta reviravolta.

De acordo com o jornal Yedioth Ahronoth, é a Cellebrite, empresa que desenvolve software forense para telemóveis, que está a ajudar as autoridades americanas a desbloquear o telemóvel do terrorista de San Bernardino.

A empresa está sediada numa cidade próxima de Tel Aviv, Petah Tikva, e tem um contrato assinado com o FBI desde 2013, ano em que Edward Snowden revelou o escândalo da vigilância da NSA.

A tecnologia da Cellebrite permite extrair informações para investigações criminais ou de inteligência, mesmo que o smartphone esteja bloqueado ou encriptado.

Isto é algo que até aqui parecia impossível, dado o braço de ferro entre a Apple e o FBI, que conseguiu uma ordem do tribunal para que a tecnológica desenvolvesse uma versão especial do iOS para este iPhone 5c.

A Apple recusou e recebeu o apoio de Silicon Valley, com gigantes como o Facebook a alinharem na posição de não desenvolver software destinado a permitir o desbloqueio de um iPhone.

A empresa israelita consegue extrair dados de 15 mil modelos de telemóveis e tablets e também consegue desenhar um mapa de conexões entre o dono do telefone e a pessoa que o mesmo contactou.

Segundo o jornal israelita, os clientes governamentais e policiais da Cellebrite estão espalhados por cerca de 90 países e já conseguiram resolver crimes complicados com a tecnologia da empresa.

Um desses exemplos aconteceu no Connecticut, nos Estados Unidos, em que o assassino foi identificado através de mensagens extraídas do seu telemóvel que o incriminavam – era o filho da vítima.

Noutro caso, a Interpol usou esta tecnologia para acabar com uma rede de criminosos que extorquíam as vítimas online graças a conteúdos sexuais.

A Cellebrite ainda não comentou a notícia, mas a Apple já veio dizer que quer saber exatamente como é que o FBI planeia quebrar a encriptação do iPhone de Syed Farook, um dos dois atiradores que em dezembro do ano passado matou 14 pessoas.

ZAP / B!T

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