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Biohackers querem produzir insulina em código aberto

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Um grupo de biohackers está a desenvolver o primeiro protocolo aberto para a produção de insulina. A proposta do Projeto Open Insulin (Insulina Aberta) é facilitar a vida de mais de 370 milhões de diabéticos em todo o mundo e que, para sobreviver, precisam comprar insulina a um alto preço.

A receita para a produção de insulina de laboratório (usada como medicamento) ainda é um segredo dos grandes laboratórios, não existindo ainda um medicamento genérico que substitua a insulina, e o resultado é inevitável: quem não tem recursos financeiros para comprar insulina sofrerá com cegueira, doenças cardiovasculares, problemas nos rins, e, em alguns casos, a morte.

A proposta do Projeto Open Insulin é produzir e refinar a insulina a partir da bactéria E.coli, registando esse processo para que possa ser replicado. A ideia é que essa insulina, livre de patentes, possa ser comercializada por uma empresa farmacêutica de genéricos e chegue a preços acessíveis para pacientes de todo o mundo.

Todo o processo, das pesquisas iniciais até os resultados finais, será disponibilizado em domínio público. Esta, definitivamente, seria uma realidade louvável, não somente para este projeto, mas para outros que podem seguir o exemplo.

O Projeto Open Insulin está inscrito no Experiment, uma plataforma de crowdfunding para projetos científicos. Até o momento, mais de 14 mil dólares já foram arrecadados. Os recursos serão gastos com equipamentos e com todos os custos operacionais para desenvolver os estudos e produção.

Os responsáveis pela iniciativa fazem parte do Counter Culture Labs. Localizado na Califórnia, nos EUA, o espaço é um laboratório comunitário aberto e um hackerspace para a biologia do “faça você mesmo” e para a ciência cidadã.

EL

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