Autoridades do Zimbabué investigam morte de 11 elefantes

As autoridades responsáveis pela vida selvagem no Zimbabué abriram uma investigação sobre a morte de 11 elefantes perto da reserva Hwange, a maior do país, afirmou este domingo um porta-voz dos parques nacionais.

Onze carcaças de elefantes foram descobertas, na última sexta-feira, e uma outra, no sábado, na floresta Pandamasuwe, entre Hwange, perto da fronteira com o Botsuana, e a cidade de Victoria Falls, segundo Tinashe Farawo, porta-voz da autoridade de Gestão de Parques Nacionais e Vida Selvagem do Zimbabué (Zimparks).

“Excluímos pistas como caça furtiva porque as presas estão intactas ou envenenamento por cianeto porque nenhum outro animal foi afetado, incluindo os abutres”, afirmou à agência France-Presse.

Os elefantes eram jovens adultos, com idades entre cinco e seis anos, e jovens com cerca de 18 meses, segundo a mesma fonte.

As descobertas iniciais apontam para a presença de bactérias porque os elefantes “estão em tal superpopulação que a sua vegetação favorita desapareceu e eles acabam por comer qualquer coisa, incluindo plantas venenosas”, explicou Farawo.

Segundo o canal estatal russo RT, suspeita-se que a morte destes animais possa ter sido causada por antraz (ou carbúnculo), uma infeção provocada pela bactéria Bacillus anthracis, que afeta diversos tecidos, como a pele, os intestinos, os rins, as meninges, as conjuntivas e o sistema linfático. Os animais que contraem esta infeção têm sintomas como febre, falta de ar e convulsões.

O Zimbabwe é o lar de mais de 84 mil elefantes, mas tem apenas uma capacidade estimada entre 45 mil e 50 mil. A reserva Hwange abriga entre 45 mil a 53 mil e tem uma capacidade de 15 mil, de acordo com o porta-voz.

As misteriosas mortes de mais de 300 elefantes, este ano, no Botsuana, país vizinho que tem 130 mil elefantes em liberdade, a maior população do mundo, foram atribuídas a toxinas naturais.

ZAP // Lusa

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